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T Ó P I C O : Conheça café especial provado pelo presidente Lula e produzido dentro de Terra Indígena em RO

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Conheça café especial provado pelo presidente Lula e produzido dentro de Terra Indígena em RO


Autor: Leonardo Assad Aoun

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Último comentário neste tópico em: 28/04/2024 17:44:01


Leonardo Assad Aoun comentou em: 28/04/2024 17:37

 

Conheça café especial provado pelo presidente Lula e produzido dentro de Terra Indígena em RO

 

Café foi preparado pela primeira mulher indígena barista do Brasil. Robusta Amazônico é reconhecido como Patrimônio Cultural e Imaterial de Rondônia.

Por g1 RO

Dentro da Terra Indígena Sete de Setembro, na aldeia Lapetanha, em Cacoal (RO), o povo indígena Paiter Suruí pum café especial: o robusta amazônico. Uma das atuantes na produção é Celesty Suruí, a primeira indígena barista do Brasil.

A bebida feita por Celesty Suruí, utilizando o grão especial do robusta amazônico moído na hora, foi provada pelo presidente Lula, nesta semana, durante uma exposição realizada em Brasília (DF) em comemoração ao aniversário da Embrapa.

Presidente Lula prova café produzido em Terra Indígena de RO — Foto: Redes Sociais/Reprodução

Presidente Lula prova café produzido em Terra Indígena de RO — Foto: Redes Sociais/Reprodução

O que é o robusta amazônico?

O clima e o solo de Rondônia faz com que o café produzido no estado seja “arrobustado”, segundo a Embrapa. Os robustas amazônicos são resultado do cruzamento dos cafés Conilon e Robusta especialmente selecionados.

A produção do café rendeu para Rondônia a primeira Indicação Geográfica com Denominação de Origem (DO) para café canéfora sustentável reconhecidos pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A área de produção é classificada como "Matas de Rondônia".

Café robusta amazônico produzido na Terra Indígena Sete de Setembro — Foto: Emily Costa/g1 RO

Café robusta amazônico produzido na Terra Indígena Sete de Setembro — Foto: Emily Costa/g1 RO

O relatório do Exame de Mérito do Inpi descreve o perfil sensorial do café como: doce, chocolate, amadeirado, frutado, especiaria, raiz e herbal. E para garantir o sabor especial, a barista aponta que precisa de um preparo:

“Tem que ser muito cuidadoso, tanto na temperatura da água, no grão e no ml da água que você vai estar usando para fazer o café”, explica.

A fama do café se espalhou pelo estado e este ano ele se tornou Patrimônio Cultural e Imaterial do estado, através de decreto.

Quem é Celeste Suruí?

Celesty Suruí — Foto: Redes Sociais/Reprodução

Celesty Suruí — Foto: Redes Sociais/Reprodução

A indígena Celesty Suruí pertence ao povo Paiter Suruí e vive na aldeia Lapetanha, onde participa da produção do Robusta Amazônico. Aos 22 anos, ela carrega o título de primeira mulher indígena barista do Brasil.

A barista preparou e serviu para o presidente Lula um café com os grãos produzidos pelo seu povo.

Segundo a barista, a história do seu povo com o café vem desde o primeiro contato da etnia com pessoas não indígenas no ano de 1969, quando os colonos começaram a produzir café em terras indígenas. Depois que a terra foi demarcada, os invasores foram retirados e as plantações ficaram.

Como o café é produzido?

Em Rondônia, a 2ª bebida mais consumida do Brasil é fruto da agricultura familiar. Diversos produtores espalhados pelo estado viram no robusta amazônica uma oportunidade de produzir um café de qualidade e garantir premiações nacionais.

Dentro da Terra Indígena Sete de Setembro, indígenas utilizam os conhecimentos sobre a floresta e práticas sustentáveis para produzir café. São cerca de 3 mil hectares de plantação no sistema de agrofloresta: os cafezais dividem espaço com árvores nativas.

Cafezal dentro da Terra Indígena Sete de Setembro — Foto: Emily Costa/g1 RO

Cafezal dentro da Terra Indígena Sete de Setembro — Foto: Emily Costa/g1 RO

O modelo garante uma prática sustentável que permite que os produtores indígenas dispensem os agrotóxicos e o modelo de irrigação. A agrofloresta também foi uma medida fundamental para que o povo Paiter Suruí conseguisse reverter o desmatamento dentro da Terra Indígena.

São 150 famílias envolvidas no cultivo do café em 25 aldeias que ficam dentro da TI Sete de Setembro, localizada entre os estados de Rondônia e Mato Grosso.

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