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T Ó P I C O : #CaféWebTV Reportagem: Broca do Cafeeiro

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Comentários do Tópico

#CaféWebTV Reportagem: Broca do Cafeeiro


Autor: Daniela Novaes

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7 comentários

Último comentário neste tópico em: 17/01/2013 15:28:10


Daniela Novaes comentou em: 14/01/2013 11:14

 

#CaféWebTV Reportagem: Broca do Cafeeiro

 

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Nicola Filardo comentou em: 14/01/2013 14:37

 

Broca no café.

 

Colegas, assistí, com atenção o video apresentado.

Chamou-me a atenção a afirmativa de que não se conseguirá extirpar a praga e que o caminho sugerido seria o de aplicar defensivos, que custam $$$.

Ora, o besouro aguarda o fruto novo nos frutos não colhidos e/ou caídos e não recolhidos. Podemos pensar em aspirar o cafezal após a colheita. Reação ? Dirão que o veneno é mais barato; em nenhum momento pensa-se que a broca exigirá sucessivas aplicações, a perder de vista: este é o verdadeiro custo.

Recolher os frutos caídos ou não colhidos pode representar uma esperança de extirpar a praga, além de ser prática fitosanitária correta. .

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Alemar B. Rena comentou em: 14/01/2013 16:14

 

BOA COLHEITA E A BROCA DOS FRUTOS DO CAFEEIRO

 

Estimados colegas

Tenho certeza absoluta que o Dr Júlio Cesar sabe, mais que ninguém, que a grande medida ecológica correta contra esta praga é uma colheita bem feita, com a mais exigente remoção dos frutos remanescentes, seja do solo ou da árvore. Sei disso porque converssamos muitas e muitas vezes sobre este tema nos últimos trinta anos. Mesmo porque ele é um dos maiores conhecedores deste inseto no mundo.  

O fato de ele não haver mencionado essa técnica seguramente reside na ênfase que procurou dar ao fato espantoso de estarmos órfãos, no momento, de um inseticida eficiente contra essa praga, às vezes indispensável!

Está absolutamente correta a menção de que jamais eliminaremos esse inseto de nossas lavouras de café. Biológica e ecologicamente não é difícil de se compreender. Podemos mantê-la sob controle com a remoção dos frutos. É o que faço desde sempre, com exceção de um ou outro talhão, em determinados anos.

Saudações

 

 

 

 

 

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João Marcos Altieri Ramos comentou em: 14/01/2013 16:37

 

Dúvidas

 

O  Endosulfan estará proibido no Brasil a partir de julho e não existe no mercado nenhum outro agroquímico registrado que seja eficiente.

Os defensivos que estão em fase de registro teriam eficiência similar ao Endosulfan?

Como o MAPA liberou o registro destes defensivos (já registrados) que não resolvem?

Como fazer colheita bem feita (aspirar café) em regiões montanhosas com escassez de mão de obra? (para Sr. Nicola)

Saudações     

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Guy Carvalho comentou em: 15/01/2013 22:30

 

Broca cafeeiro

 

Parabéns Dr Julio Cesar Souza

Recomendo o material para treinamento dos colaboradores, assim como o uso da planilha e demais orientações deste grande mestre.

Abraço

Guy Carvalho

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Paulo Baccoli comentou em: 16/01/2013 14:18

 

Broca do café e certificação

 

Caros colegas, as informações apresentadas são de grande importância para nós profissionais da cafeicultura. Gostaria de dividir algumas dificuldades que estamos encontrando e trocar algumas informações, principalmente pois atuamos na parte de gerenciamento de uma fazenda certificada na região de Machado -MG. 

No nosso caso, começamos a fazer o controle químico quando os níveis de infestação atingem 2%. Estamos  fazendo o monitoramento e alguns talhões já apresentam em torno de 1 a 1,5% de infestação com tendência a progredir.

-Somos certificados por 4 organizações diferentes e todas elas nos proibiram desde Janeiro de 2012 de estar utilizando o Endosulfan, portanto não podemos utilizar agora.

-As certificadoras pedem que não façamos aplicação de  produtos faixa vermelha e amarela. No caso dos produtos em teste e fase de registro citados, algum possui faixa amarela.

-Podemos usar apenas produtos registrados para a cultura. 

-Sobre a eficiência dos produtos em teste, também vimos em testes de campo que por enquanto não tem a mesma eficiência do Endosulfan.

-Buscamos fazer uma colheita e varreção bem feita para evitar problemas maiores.

Pensando em qualidade do produto final e atender normas de certificação, estamos nos sentindo meio que amarrados, reféns dessa questão e buscando alternativas para que não tenhamos grandes problemas.

Saudações!

 

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Daniela Novaes comentou em: 17/01/2013 15:17

 

Em visita ao Setor de Cafeicultura da UFLA, pesquisador da Epamig avalia proibição do inseticida Endosulfan no Brasil

 

Por Fabio Alvarenga
Jornalista INCT/Café

Pesquisador Júlio César de Souza em visita ao Setor de Cafeicultura da UFLA

O pesquisador e entomologista da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Júlio César de Souza, avaliou na última segunda-feira (7) os desdobramentos que a proibição do agrotóxico Endosulfan, a partir de 31 de julho de 2013, vai gerar na cafeicultura brasileira.

“Os cafeicultores estão vivendo um sério problema. O Endosulfan é o único produto eficiente no controle da broca-do-café. Por ser muito tóxico, foi proibido de ser produzido e comercializado no país. Mesmo eficiente no controle de inúmeras pragas na agricultura, a tendência é que todos os inseticidas de tarja vermelha, que são extremamente tóxicos, caiam em desuso. Mas alguns são ainda muito importantes, como os inseticidas fosforados remanescentes no mercado”, disse o pesquisador.

Júlio César complementou destacando a menor eficiência dos produtos que podem substituir o endosulfan atualmente. “Os inseticidas substitutos que atuam contra essa praga não apresentam a mesma eficiência do inseticida padrão endosulfan. Para completar a lista, dois novos inseticidas, do grupo das Diamidas Antranílicas, de eficiência igual à do endosulfan, aguardam registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento” explicou.

O inseticida endosulfan é usado desde a década de 70 e foi único inseticida eficiente no controle da broca-do-café (Hypothenemus hampeii). É um inseticida-acaricida aplicado também nas culturas de soja, algodão e cana de açúcar. O endosulfan foi proibido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) por ser um produto fitossanitário extremamente tóxico, com a classe toxicológica I. É capaz de causar intoxicação na mão-de-obra envolvida em sua aplicação nas lavouras de café, principalmente com pulverizadores costais manuais, em pequenas lavouras adensadas e também naquelas implantadas em topografia acidentada que utilizam os mesmos equipamentos.

Broca-do-café é o nome vulgar da larva de um besouro de 1,65mm de comprimento que come e destroi as sementes do café. É uma praga exótica, estando presente em todos os países onde se cultiva o cafeeiro.

Em visita ao Setor de Cafeicultura da Universidade Federal de Lavras (UFLA), o entomologista explicou que a ocorrência do ciclo da broca (ovo, larva, pulpa e adulto) nas sementes dos frutos pode causar prejuízos qualitativos e quantitativos no café produzido.

“Os grandes prejuízos acontecem nas sementes. As larvas consomem as sementes e o produto perde qualidade. Além da perda em peso. Quanto maior a infestação, menor será o peso. O Brasil exporta café e o produtor vai perder financeiramente. É importante que o produtor evite que aconteça o ciclo da praga nas sementes dos frutos. fazendo o monitoramento.”, explicou o pesquisador.

Segundo o entomologista, o controle químico apenas para os talhões deve ser realizado ao se constatar 3% ou mais de frutos verdes broqueados. Na época de trânsito da broca, que se inicia aproximadamente 90 dias após a maior florada, em condições normais de entressafra seca adversa a sobrevivência e multiplicação do inseto nos frutos não colhidos, somente 30% a 40% das lavouras requerem controle químico.

O pesquisador destacou também a importância do monitoramento da broca-do-café. A análise expõe a real porcentagem de infestação do problema nos talhões do cafeeiro. Apenas os que tiverem o problema serão controlados quimicamente, racionalizando o uso do agrotóxico. Segundo o pesquisador, a planilha de monitoramento poderá ser obtida na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), na UFLA, no site da Epamig por meio do link:

http://www.epamig.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=857 e nas cooperativas de café.


 
 

 

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