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T Ó P I C O : Recorde no café? Em quem acreditar? Por que tanta diferença?

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Criado em: 28/06/2006

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Comentários do Tópico

Recorde no café? Em quem acreditar? Por que tanta diferença?


Autor: Agda Silva Prado

1.416 visitas

8 comentários

Último comentário neste tópico em: 20/07/2010 11:09:41


Agda Silva Prado comentou em: 24/06/2010 06:48

 

Recorde no café? Em quem acreditar? Por que tanta diferença?

 

Folha de Londrina

 

O maior produtor mundial de café vai colher uma supersafra de 55,3 milhões de toneladas nesta temporada. Pelo menos é o que prevê o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em relatório divulgado ontem. A Conab projeta a produção em 47 milhões de sacas, enquanto alguns analistas no Brasil apostam em 50 milhões de toneladas. 

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Eduardo Trevisan Gonçalves comentou em: 24/06/2010 10:15

 

 

Existem exportadores apostando em mais de 55 milhões.. realmente, sem ter um estatísco por perto é dificil saber quem está falando a verdade...

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Sérgio Parreiras Pereira comentou em: 24/06/2010 14:18

 

 

USDA espera safra recorde no Brasil de 55,3 milhões de sacas alta de 23%.




O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) afirmou hoje esperar que a

produção de café do Brasil será 23% maior no ano comercial 2010/11, atingindo o recorde de 55,3 milhões de sacas.

O País é o maior
produtor mundial. Além disso, a expectativa é de que o Brasil tenha colheita de arábica mais expressiva, 27% superior no ano, somando 41,8 milhões de sacas - de acordo com relatório bianual de mercado e comércio sobre a commodity.

O USDA estima que a produção 2010/11 da Colômbia totalizará 9 milhões de sacas, 9,8% superior à safra anterior. A
agência do governo americano diminuiu sua expectativa para a produção 2009/10 colombiana e prevê 8,2 milhões de sacas, ante 9 milhões previstos em dezembro.

A projeção para a produção global de caf&eacut e; é um recorde, de 139,7 milhões de sacas em 2010/11. Trata-se de um crescimento de 11% em relação a 2009/10. A perspectiva é de que a produção de arábica some 86 milhões de sacas, enquanto a de robusta será de 54 milhões de sacas. No início do mês, a Organização Internacional de Café estimou a produção global 2010/11 entre 133 e 135 milhões de sacas, um pouco inferior à do USDA. As informações são da Dow Jones.

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Sérgio Parreiras Pereira comentou em: 24/06/2010 14:21

 

 

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João Marcos Altieri Ramos comentou em: 24/06/2010 14:38

 

 

Que bobagem!

Deve ser erro amostral ou não amostral. "Pobrema" de estatística.
 
Afinal: O que são 8.000.000 de sacas de café?
 
É só a produção de São Paulo, Bahia e Paraná juntos.
 
O que é isso companheiros?
Até quando?

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Marco Antonio Jacob comentou em: 24/06/2010 18:32

 

 USDA   x   CONAB 

 

Baseado nos históricos de exportação brasileiras e na divulgação de consumo do mercado brasileiro , me leva a acreditar que os numeros do USDA são mais realistas que os numeros da CONAB . Os dados de exportação brasileiros são bem precisos , quantos aos outros dados , não tenho competencia para afirmar nada.

 

Ia me esquecendo , somos realmente um país rico , temos duas instituições a projetar nossas safras , CONAB e IBGE , pior que muitas vezes ambas são conflitantes. Porém as duas infelizmente não são respeitadas pelo mercado mundial , fazer o que ?credibilidade não se impõe , se conquista.

Vai uma sugestão , porque CONAB e IBGE não se unem para fazer uma estatística realmente séria e com credibilidade.

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Aibi Jorge Torres - Tecnólogo em Cafeicultura comentou em: 25/06/2010 14:30

 

Apenas números.........

 

47, 50, 55 milhões... seja qual for a safra, o que não se tem em proporção adequada ao mercado, é o café de qualidade.

Aqui em Cabo Verde dá uma angústia ver as carrocerias carregadas de café verde.

Parece colheita de azeitona.

Por isso eu digo, serão apenas números, porque quanto maior a safra, maior a porcaria comercializada.

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Agda Silva Prado comentou em: 20/07/2010 11:09

 

Conab e USDA têm previsões divergentes para a produção de café da safra 2010/11

 

 O relatório brasileiro prevê uma produção de 8,26 milhões de sacas a menos que o previsto pelo USDA

Fonte: Bureau do Café

O departamento de agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou seu relatório sobre as perspectivas da produção mundial do café, como também dados relacionados à exportação, importação, consumo mundial e principais produtores do produto.

De acordo com o relatório, é esperado um recorde de produção e de consumo mundiais.  A previsão é de que haja um aumento na produção, sendo produzidos 139,7 milhões de sacas de café, para a safra de 2010/11. Desse total, a expectativa é de que mais de 50% da produção mundial sejam advindos da produção do Brasil e Vietnã, maiores produtores desse produto.

Para o Brasil, há previsão que haja um salto significativo de 10,5 milhões de sacas em sua produção, para atingir um recorde de 55,3 milhões de sacas de café.  O ano da bienalidade positiva do café no Brasil beneficia essa previsão e sugere que a produção do café arábica também tenha sua produção aumentada, em 8,8 milhões de sacas, a fim de atingir uma produção de 41,8 milhões de sacas de café arábico. Além disso, o café robusta também tem previsão de aumento, na proporção de 1,7 milhões de sacas, atingindo uma produção de 13,5 milhões de sacas, devido principalmente ao melhor manejo da cultura, como por exemplo, a utilização de técnicas de irrigação.

Contudo, de acordo com o relatório brasileiro acerca da previsão de produção do café no Brasil, divulgado pela Conab, há certa discrepância nas previsões, uma vez que a pesquisa brasileira indica uma produção no valor de 47,04 milhões de sacas, 8,26 milhões de sacas a menos que o previsto pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Além disso, a pesquisa divulgada pela Conab, também prevê aumento na produção do café arábico, estimado em 35,31 milhões, mas ainda 6,49 milhões a menos que o previsto pelo USDA.

As duas previsões, USDA e Conab, possuem grande credibilidade no mercado, mas a diferença entre as previsões é verificada ao longo dos anos devido à posição dos seus respectivos países na balança comercial do café.

O Conselho Nacional do Café (CNC) endossa os números projetados pela estatal brasileira, salientando que a safra 2010 não deve ser maior que 47,0 milhões de sacas em função da inversão climática ocorrida a partir da segunda quinzena de dezembro, que causou perdas expressivas, além de desencadear maior incidência de pragas e doenças em algumas regiões do cinturão produtor.

Fatores específicos evidenciados pela CNC, além de outros mostrados no relatório da Conab, incluem as influências climáticas do fenômeno El Nino que mantiveram as precipitações intensas nas principais regiões produtoras do Paraná, de São Paulo e de parte de Minas. Porém, essas influências foram insuficientes para a formação de chuvas no norte mineiro, no Espírito Santo e no sul da Bahia, o que provocaria a redução da produção e consequentemente a previsão brasileira.

Além disso, a Conab prevê reduções, apesar da previsão de crescimento, na produção do estado de Minas Gerais devido a forte estiagem e altas temperaturas nas regiões da Zona da Mata, Rio Doce e Jequitinhonha ocorridas nos meses de janeiro e fevereiro. No Espírito Santo, a estimativa foi diminuída em relação à primeira perspectiva divulgada em janeiro pela Conab, uma vez que naquela época as lavouras estavam bem enfolhadas, com alto vigor vegetativos, com cargas elevadas de frutos em formação e potencial para produção superior se comparado ao que foi publicado. Na Bahia, influências climáticas também afetam a previsão, devido principalmente a estiagens nas regiões produtores de conillon e arábica. Já no estado da Rondônia, um fator limitante a produção são os métodos inadequados de colheita e pós-colheita e o fato dos grãos serem colhidos ainda imaturos e armazenados em sacos de ráfia.

Essas especificidades de cada estado produtor de café no Brasil determinariam então, o déficit verificado pelo relatório da Conab em comparação ao divulgado pelo USDA, nos Estados Unidos, uma vez que a metodologia de pesquisa da Conab envolve visitas às regiões produtoras, aplicação de questionários e entrevistas a informantes previamente selecionados que são capazes de traçar e identificar eventuais problemas ou oportunidades na produtividade do café.

Por outro lado, o USDA, utiliza de dados anteriores e pautam suas perspectivas de acordo com fontes do governo, secretarias estaduais de agricultura, associações de produtores, cooperativas e comerciantes que de certa forma, podem não estar tão intimamente ligados as lavouras cafeeiras, e que poderiam não transmitir informações tão precisas.

Além das previsões relativas à estimativa de produção do café, aquelas relacionadas ao consumo, estoques e exportação também foram evidenciadas no estudo do USDA.

O relatório do mesmo departamento relacionado ao consumo leva em conta dados oriundos de estudos realizados pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) a fim de determinar o consumo interno brasileiro. Nesse aspecto então, não há discrepância significativa entre as perspectivas americanas e brasileiras, uma vez que é a Abic quem determina o nosso consumo interno, através principalmente de pesquisas periódicas realizadas que refletem o crescimento populacional, aumento do consumo per capita, o aumento do poder aquisitivo e os efeitos das campanhas de marketing internas para promover o consumo de café.

A Abic prevê, portanto, um consumo total brasileiro para a safra de 2010/11 projetado em 19,5 milhões de sacas (18,47 milhões de sacas de torrado e moído e 1,03 milhões de sacas de café solúvel).

De acordo com o USDA, haverá recorde também no consumo mundial do café, apresentando alta de 2,8 milhões de sacas e atingindo um consumo total de 131,5 milhões de sacas de café, sendo o Brasil e a União Europeia responsáveis por mais da metade desse crescimento.

O USDA, assim como a Conab, também realizou previsões relativas às exportações brasileiras. O departamento norte-americano estima uma exportação no valor de 32,0 milhões de sacas, sendo 2,9 milhões demandadas pela Europa. De acordo com os relatórios, as exportações de grãos verdes representariam um total de 28,6 milhões de sacas, enquanto as exportações de café solúvel representariam 3,3 milhões de sacas.

A Conab, no entanto, tem previsão para a exportação referente a safra de 2010/11, inferior em 2,0 milhões de sacas do que o verificado na safra 2009/2010, tendo perspectiva de que se atinja o valor de 30,0 milhões de sacas, o que não difere significativamente da previsão do USDA.

Por fim, em relação aos estoques, o USDA já prevê um déficit mundial em estoques, com um valor de apenas de 31,3 milhões de sacas, inferior ao demandado pelo consumo. O departamento afirma ainda, que esse déficit é devido principalmente à produção brasileira.

O relatório da Conab confirma essa afirmação, uma vez que prevê um estoque inicial privado de 4, 683 milhões de sacas e produção avaliada preliminarmente em 44, 027 milhões de sacas em 2010/11, o que resulta em uma oferta total do Brasil de 49, 235 milhões de sacas na temporada. Deduzindo dessa oferta total, o consumo interno (18, 025 milhões de sacas) e as exportações (30,0 milhões de sacas), os estoques finais 2010/11 cairiam a \"míseros\" 1, 210 milhão de sacas, o que reduziria o déficit mundial apresentado pelo USDA.

 

Anna Paula Mantuanelli

Analista do Bureau do Café

Publicado na Revista Cafeicultura

 

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