Gabriela Rodrigues Narazeth comentou em: 20/12/2016 18:58

Consumo mundial recorde não evita superávit de oferta em 16/17 – USDA

A produção mundial de café em 2016/17 deverá totalizar 156,636 milhões de sacas de 60 quilos, contra 152,946 milhões de sacas na temporada anterior, de acordo com projeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Segundo o USDA, essa alta no volume da safra mundial de café acontece uma vez que a produção recorde de arábica no Brasil mais do que compensa a queda na produção de robusta do próprio Brasil, além do Vietnã e da Indonésia.

O consumo total de café em 2016/17, segundo o USDA, deverá atingir 153,255 milhões de sacas – recorde histórico -, contra 152,022 milhões de sacas no ano anterior, o que resulta em um superávit de oferta de 3,381 milhões de sacas. Os estoques finais totais de café em 2016/17 deverão atingir 33,307 milhões de sacas, volume mais baixo dos últimos cinco anos.

O Brasil está com a produção 2016/17 (colhida em 2016) estimada em 56,1 milhões de sacas – ante as 49,4 milhões de sacas de 2015/16 -, à frente do Vietnã, com 26,7 milhões de sacas, da Colômbia (14,5 milhões de sacas), da Indonésia (10 milhões de sacas), da Etiópia (6,5 milhões de sacas) e de Honduras (5,5 milhões de sacas).

O Brasil está com os estoques finais de café da temporada 2016/17 projetados em 4,142 milhões de sacas, contra 2,717 milhões de sacas na safra anterior. As exportações de café em grão brasileiras, segundo o USDA, vão atingir 34,23 milhões de sacas em 2016/17 (contra 35,543 milhões), e o consumo doméstico poderá chegar a 20,51 milhões de sacas, mesmo número do ano passado.

Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS

VIA: CAFÉ DA TERRA

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Guilherme Alves Meira comentou em: 21/12/2016 05:09

Cara de Pau

Prezados,

      É impressionante a cara de pau dos nossos amigos americanos. 

      Primeiro afirmam que o consumo será menor que a produção, no entanto  também afirmam que os estoques cairão. Qual a explicação? 

      Na verdade a tendência do consumo, calculado pelo consumo derivado, é de 160 milhões de sacas. Teremos novo déficit de produção, dessa vez de 4 milhões de sacas.     

      Mas o problema não é esse ano: o bicho vai pegar é no próximo ano.

     Teremos um consumo de 163 milhões de sacas e uma produção menor, pois o Brasil vai produzir cerca de 5 milhões de sacas a menos que nesse ano. Mesmo que os demais países aumentem um pouco suas produções, teremos um deficit de quase 10 milhões de sacas.

      Com isso os estoques mundiais de passagem cairão para cerca de 20 milhões de sacas ao final da safra 17/18. 

      Não adianta tapar o sol com a peneira: o mercado se antecipa aos problemas. É por isso que os preços subiram. E com certeza continuarão subindo no primeiro semestre de 2017.

Obs: consumo derivado = produção + estoque inicial - estoque final

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Marco Antonio Jacob comentou em: 21/12/2016 08:46

eles superestimam para fazer crer em superavit

Fonte segura de pesquisa , baseada na Inglaterra e que faz pesquisa de campo me informou que a safra de 2016/17 do VIETNAM será -20% menor , quando o USDA aponta apenas -8% menos .

Portanto já estamos em deficit para a safra de 2016/17 , pois o USDA esta superestimando o Brasil e o Vietnam , que são os dois maiores produtores mundiais .

Para a safra de 2018/18 , a bianualidade dos arabicos no Brasil para o proximo ano será proxima de - 20% (menos)  , vejam que a COOXUPÉ já anunciou em suas regiões -17% .

Enfim , a oferta mundial de café será deficitária até a safra de 2018/19 , isto é JULHO de 2018 , quando o Brasil poderá colher uma safra excelente , desde que as condições climaticas contribuam.

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