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T Ó P I C O : Produção de cafés especiais faz exportações aumentarem 200 vezes em 4 anos na 'Mantiqueira de Minas'

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Produção de cafés especiais faz exportações aumentarem 200 vezes em 4 anos na 'Mantiqueira de Minas'


Autor: Leonardo Assad Aoun

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Último comentário neste tópico em: 06/12/2017 17:39:33


Leonardo Assad Aoun comentou em: 06/12/2017 14:33

 

Produção de cafés especiais faz exportações aumentarem 200 vezes em 4 anos na 'Mantiqueira de Minas'

 

Trabalho de cooperativa com cerca de 1 mil pequenos produtores faz Carmo de Minas exportar 60 mil sacas de cafés de alta qualidade para 18 países.

Por Lucas Soares, Carmo de Minas, MG/G1

selo-cafe(Foto: EPTV)

exportação de cafés especiais cresceu pelo menos 200 vezes nos últimos 4 anos em Carmo de Minas (MG), cidade de apenas 13,7 mil habitantes, que se destaca pela produção de cafés diferenciados no Sul de Minas. Se há 4 anos a Cooperativa Regional de Cafeicultores do Vale do Rio Verde (Cocarive) exportava um contêiner com 300 sacas no ano, hoje esse montante chega a 60 mil sacas.

Atualmente, os cafés da "Mantiqueira de Minas", reconhecida em 2011 como Indicação Geográfica (IG) na modalidade de Indicação de Procedência, são exportados para 18 países. Hoje os principais mercados compradores dos cafés produzidos pelos produtores da região são Coreia do Sul, Estados Unidos e Hong Kong.

 

"O mundo todo consome café especial. Embora algumas partes consumam menos, a maioria deles está crescendo bastante", diz o gerente de exportação da Cocarive, Wellington Carlos Pereira.

 

O boom na exportação de cafés especiais do município começou após um trabalho feito pela cooperativa com produtores locais. Até então, apenas uma empresa exportava os cafés especiais produzidos na região e o trabalho da cooperativa veio encurtar o caminho entre o produtor e o comprador estrangeiro.

cafe-81-Gerente da Cocarive faz prova de amostra de café que seria embarcada para o Japão (Foto: Lucas Soares / G1)

"A cooperativa começou a colocar esse café dos membros nas mãos de torrefadores do mundo todo. O trabalho nosso da cooperativa não é ter lucro em cima do produtor e sim dar mais rentabilidade para que esse produtor possa continuar produzindo café especial em uma região onde a gente tem a mão de obra mais cara do Brasil", disse o gerente da Cocarive.

A exigência na qualidade dos cafés que vão pra fora é um dos requisitos para os produtores que terão o produto exportado para várias partes do mundo. Hoje a cooperativa de Carmo de Minas, que tem cerca de 1 mil produtores membros, não exporta nenhum café abaixo de 83 pontos, conforme escala de referência da Associação Americana de cafés Especiais.

“Hoje no Brasil e no mundo já é reconhecido como café especial quando você tem 80 pontos na escala, mas nós já estamos além desses 80 pontos. É mais exigente, temos muita rastreabilidade, temos um selo de indicação geográfica, onde todo o trabalho do produtor é levado dentro de um selo, de uma sacaria ou em uma caixa à vácuo. Fazemos com que esse produtor tenha acesso diretamente com o torrefador, nós encurtamos o caminho. Hoje um produtor não precisa sair daqui para ir do outro lado do mundo para conhecer quem está comprando o café dele, ou vice-versa, porque essa história, essa parceria, esse trabalho todo, já está indo com o café dele”, explica Pereira.

cafe-8-Cafés produzidos na "Mantiqueira de Minas" já são exportados para 18 países. (Foto: Lucas Soares / G1)

Com uma taxa de crescimento de 30% ao ano, a exportação de cafés especiais de Carmo de Minas tem feito os estoques ficarem pequenos, assim como a distância entre a lavoura do Sul de Minas e o resto do mundo.

“A capacidade de café que eu recebo hoje na cooperativa já é praticamente o volume que eu tenho exportado de café. Este ano a gente pode dizer que vendeu 100% dos cafés especiais que recebeu. Se a gente continuar crescendo 30%, eu preciso crescer 30% de estoque, eu preciso crescer 30% de membros. O trabalho que a gente está fazendo agora é procurar produtores, incentivar a produção do café especial, que venham fazer parte da cooperativa, porque a cooperativa não se move sozinha, a gente depende do trabalho do produtor”, concluiu o gerente.

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