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T Ó P I C O : Procafé: Erva pé-de-galinha se mostra resistente ao glifosato em cafezais

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Procafé: Erva pé-de-galinha se mostra resistente ao glifosato em cafezais


Autor: Leonardo Assad Aoun

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Último comentário neste tópico em: 11/07/2018 14:56:42


Leonardo Assad Aoun comentou em: 11/07/2018 15:12

 

Procafé: Erva pé-de-galinha se mostra resistente ao glifosato em cafezais

 

As lavouras de café, na região Sul de Minas, convivem, agora, com uma nova erva resistente ao herbicida Glifosato. É a conhecida como pé-de-galinha(Eleusine indica), uma gramínea,  que era pouco frequente em cafezais, passando a uma maior dominância de áreas e a requerer cuidados especiais no seu controle.

Sabe-se que as ervas daninhas surgem de forma espontânea nas lavouras, sendo o  uso contínuo e duradouro de herbicidas, do mesmo grupo químico, um fator que  pode  resultar na  seleção natural de espécies, populações  ou biótipos que ganham,  ciclo após ciclo, tolerância às aplicações

Os herbicidas à base de glifosato, pela sua boa eficiência e custo baixo, são usados em larga escala nas lavouras de café no Brasil, seja isoladamente ou em combinação com outros ativos ou outros métodos de controle de plantas daninhas.

.Nas lavouras cafeeiras, já era frequente e bem conhecida a ocorrência de 2 ervas resistentes ao glifosato - a buva ou voadeira(Conyza  spp) e o Capim gengibre ou amargoso(Digitaria insularis) . Mais uma erva se junta a esse grupo, dificultando e elevando o custo de seu controle.

A erva pé-de-galinha, desde 2003, era considerada resistente a herbicidas inibidores de ACCase. Para aqueles inibidores da síntese de aminoácidos de cadeia aromática ou inibição da enzima EPSPs (enolpiruvil-shiquimato-fosfato sintase), como o Glifosato, do grupo químico das glicinas, a erva pé de galinha tem sido considerada como de resistência a nível baixo (RNB), isto significando, no geral, que pode haver controle com aumento de dose do ativo herbicida.

A verificação de ausência de controle da erva pé-de-galinha, em campo, em lavouras de café, mostra distribuição de plantas em reboleiras, ainda verdes ou sem controle, ao lado de ervas de outras espécies,, de tamanho similar, controladas ou secas, após aplicação de herbicida à base de glifosato. Isto indica que a falta de controle não foi por falha na aplicação, mas pela tolerância maior dessa população ou biótipo de erva.

Na ocorrência da erva pé-de-galinha resistente, em uma determinada lavoura, indica-se, inicialmente, praticar o controle em ervas mais novas, aumentar a dose de glifosato ou combinar com um herbicida de grupo novo, sendo os mais usados, atualmente, do grupo químico Clethodin (Select) ou de Haloxifop p-metil(Verdict) ou de Quizalofope-p-etílico (Targa Max) ou de Clomazona ou de Glufosinato de amonia. O uso de herbicidas de pós-emergencia em combinação com herbicidas residuais, também é indicado, para reduzir a sementeira da erva, além de ser indicado combinar o controle químico  com métodos de controle mecânico (Carpideira, trincha, enxada etc).

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Fonte: Procafé/Notícias Agrícolas

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