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T Ó P I C O : Escritório Carvalhaes: Boletim semanal - ano 88 - n° 2

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Escritório Carvalhaes: Boletim semanal - ano 88 - n° 2


Autor: Leonardo Assad Aoun

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Último comentário neste tópico em: 16/01/2021 10:46:08


Leonardo Assad Aoun comentou em: 16/01/2021 10:39

 

Escritório Carvalhaes: Boletim semanal - ano 88 - n° 2

 

Boletim semanal - ano 88 - n° 2

Abaixo está o último boletim publicado.

Se quiser consultar boletins anteriores, clique aqui.

Santos, sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Após uma primeira semana calma, praticamente paralisada, com muitas empresas compradoras ainda voltando ao trabalho depois do descanso de final de ano e os contratos de café em Nova Iorque trabalhando em baixa, pressionados por uma forte alta do dólar frente ao real, o mercado de café no Brasil começou a movimentar-se nesta segunda semana do ano.

Os negócios no mercado físico brasileiro foram crescendo lentamente ao longo desta semana, com o real se recuperando aos poucos do tombo da semana anterior. Os contratos de café na ICE Futures US em Nova Iorque somaram 445 pontos de alta, depois de caírem 455 pontos na primeira semana do ano.

Depois de amargar o título de pior desempenho da primeira semana do ano entre todas as moedas, o real passou os últimos dias em recuperação firme. Mesmo tendo subido hoje 1,93%, o dólar acumulou queda de 1,92% na semana, a maior entre as 33 divisas mais liquidas do planeta. No ano, o dólar ainda acumula 2,32% de alta frente ao real (fonte Valor Econômico).

Em reais por saca os contratos de café para março na ICE encerraram hoje valendo R$ 898,95. Ontem fecharam a R$ 877,16. Na sexta-feira passada valiam R$886,22 e encerraram 2020 valendo R$880,14.

Os preços do café em reais subiram lentamente ao longo dos dias, refletindo a recuperação do real frente ao dólar, mas ontem e hoje a alta foi estimulada principalmente pelos fundamentos de mercado. Aos poucos os operadores internacionais vão se convencendo da seriedade da quebra na próxima safra de café do Brasil, maior produtor e exportador do mundo.

Ontem, mais uma empresa privada, a Marex Solutions, divulgou números projetando forte quebra na próxima safra brasileira de arábica. Além do Brasil, todos os produtores de café arábica da América Latina enfrentam sérios e seguidos problemas climáticos. Os baixos estoques mundiais, o consumo crescendo nos lares ao redor do mundo, e o início da vacinação contra a Covid-19 no hemisfério norte, que deve trazer aos poucos os consumidores de volta para as cafeterias, restaurantes e hotéis, completam o preocupante quadro para o abastecimento mundial de café nos próximos anos.

Os negócios no mercado físico brasileiro de café aumentaram esta semana, principalmente ontem e hoje. Saíram negócios com lotes de arábica de boa qualidade a finos, para compradores com preços acima da média praticada no mercado. Hoje houve crescimento nos preços e no volume de negócios com cafés de todos os padrões. O interesse comprador é bom e continua crescendo para todos os padrões de café. O apetite de compra das torrefações brasileiras está em alta e também puxando os preços desse segmento.

Até dia 13, os embarques de janeiro estavam em 256.263 sacas de café arábica, 43.990 sacas de café conillon, mais 2.291 sacas de café solúvel, totalizando 302.544 sacas embarcadas, contra 569.009 sacas no mesmo dia de dezembro. Até o mesmo dia 13, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em janeiro totalizavam 1.146.873 sacas, contra 1.616.939 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 08, sexta-feira, até o fechamento de hoje, dia 15, subiu nos contratos para entrega em março próximo 445 pontos ou US$ 5,88 (R$ 31,21) por saca. Em reais, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam no dia 08 a R$ 886,06 por saca, e hoje dia 15 a R$ 898,61. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em março a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 80 pontos.

Escritório Carvalhaes

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