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T Ó P I C O : Cafés de Minas Gerais lideram premiações do Cup of Excellence

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Cafés de Minas Gerais lideram premiações do Cup of Excellence


Autor: Leonardo Assad Aoun

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Último comentário neste tópico em: 10/11/2024 04:48:31


Leonardo Assad Aoun comentou em: 10/11/2024 04:59

 

Cafés de Minas Gerais lideram premiações do Cup of Excellence

 

Bebidas com grãos cultivados no Estado conquistaram 22 prêmios entre os 27 agraciados de 2024

Por Michelle Valverde/Diário do Comércio

Cafés de Minas Gerais lideram premiações do Cup of Excellence

Crédito: Divulgação BSCA

Minas Gerais, além de ser o maior produtor de café no País, também desponta na liderança no quesito alta qualidade. Prova disso é que na última semana, a 25ª edição do Cup of Excellence 2024, principal concurso de qualidade do mundo para o produto, premiou os melhores cafés do Brasil e de um total de 27 lotes vencedores, 22 foram produzidos no Estado. No certame, 13 cafés foram considerados presidenciais por obterem pontuação acima de 90 pontos, dos quais, 12 são mineiros.

O Cup of Excellence 2024 foi realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Alliance for Coffee Excellence (ACE). Nesta edição, o concurso, que celebra 25 anos, recebeu 612 amostras das principais regiões produtoras do País. Na fase final, que reuniu 40 amostras, 22 juízes internacionais, de 10 países, avaliaram os lotes e definiram os campeões. 

Reconhecimento e agregação de valor 

O concurso além de reconhecer os trabalhos dos cafeicultores também se destaca por mostrar ao mundo os melhores cafés, abrindo novas oportunidades de vendas e de agregação de valor para os produtores. Todos os 27 vencedores do Cup of Excellence 2024 serão ofertados em um leilão virtual, no dia 10 de dezembro, quando os principais compradores de todo o mundo disputarão os melhores cafés do Brasil.

Em 2023, o maior lance dado foi ao campeão da categoria Via Seca, que recebeu o equivalente a R$ 84,5 mil por uma saca de 60 quilos, pago pela empresa Sarutahiko Coffee, do Japão. O valor é o maior da história pago por um café natural brasileiro.

A presidente da BSCA, Carmem Lucia Chaves de Brito, destacou a importância dos trabalhos dos cafeicultores, que, mesmo em um ano com tantas adversidades climáticas, entregaram cafés com qualidade e excelência.

“Recebemos amostras de diversas regiões produtoras de café do Brasil e nove delas, ou 25% do total das origens cafeeiras do País, foram premiadas. Como produtora, vivi este ano pensando como atravessar esses desafios, principalmente os climáticos, que se estendem dos últimos anos. E, mesmo com todas as adversidades existentes, os produtores colocaram nas mesas do Cup of Excellence 2024 os cafés mais incríveis e com mais excelência que o Brasil conseguiu fazer nesses 25 anos de história”, celebrou.

Mineiros lideram todas as categorias do Cup of Excellence 2024 

O concurso premiou três categorias. Na Experimental – grãos fermentados – foram sete vencedores com notas acima de 88 pontos, sendo seis de Minas Gerais. Os cafés presidenciais, pontuação acima de 90 pontos, foram cinco, todos de Minas Gerais. Foram três cafés presidentes do Cerrado e dois da Mantiqueira de Minas.

Com perfil sensorial que remete a cachaça, “suco de café”, frutas vermelhas, baunilha e manga, o café arábica da variedade Arara, produzido na M&F Coffee, em Campos Altos, na Região do Cerrado Mineiro, pela Bioma Café, foi o campeão da categoria Experimental (grãos fermentados), com 93,14 pontos na escala de zero a 100 da competição.

Na categoria Via Seca, foram 10 vencedores e quatro cafés pontuaram acima de 90 pontos, garantindo assim, a classificação presidente. Do total foram oito cafés de Minas Gerais, das regiões da Mantiqueira, Sul de Minas, Matas de Minas, Canastra e Cerrado. Entre os classificados como presidentes, três mineiros. 

O primeiro lugar foi conquistado pelo produtor do Sítio Santa Luzia, Ronaldo da Silva, que produz de 80 a 120 sacas de café por safra em Cristina, município da Mantiqueira de Minas. O café produzido por Silva é o arábica Catucaí Amarelo, com retrogosto de chocolate, frutas tropicais e silvestres maduras, flores, vinho tinto e acidez complexa.

Ronaldo da Silva

Produtor do Sítio Santa Luzia, Ronaldo da Silva | Crédito: Divulgação BSCA

O grão levou o 1º lugar na categoria Via Seca com a nota 92,32, sendo também classificado como presidencial. O lote ganhador conta com seis sacas, com peneira 16 acima.

“O diferencial do nosso café vem da terra que é muito boa e produtiva. É uma variedade – Catucaí Amarelo – que vem se destacando muito na nossa região por produzir muito bem e gerar um café de bebida muito boa. É um café que a gente já tem um cuidado todo especial também no pós-colheita; um café que vem da lavoura e é lavado e secado separadamente em pequenos lotes em camadas finas”, explicou Silva.

A produção do cafeicultor, normalmente, é vendida para cooperativas e cafeterias, mas o lote ganhador vai a leilão. Para Silva, a conquista do prêmio é um importante reconhecimento do trabalho desenvolvido na propriedade.

‘’A importância do prêmio é imensa, pois é uma conquista que a gente já vem buscando e trabalhando há um tempo, saber que todo o trabalho e esforço está sendo reconhecido. A expectativa é de vender bem esse café e também que essa conquista abra novas portas e oportunidades para nós”, para que a gente continue trabalhando para conseguir continuar fazendo esse café tão especial”, afirmou.

Variedade Geisha da Café Orfeu é destaque pelo segundo ano

Em segundo lugar na categoria Via Seca, ficou o Orfeu Cafés Especiais, produzido na Fazenda Rainha, localizada nos municípios de Poços de Caldas e São Sebastião da Gama, divisa de Minas Gerais com São Paulo. O café da variedade Geisha atingiu 91,89 pontos, assim, o Orfeu foi eleito um dos melhores do mundo pela 31° vez.

“Em um concurso desse nível, com mais de 600 candidatos, ficar entre os 10 melhores é um feito. É um resultado histórico. Ano passado, ficamos em primeiro lugar e agora em segundo. Nosso café, classificado como presidencial, comprova a excelência em cada etapa e em cada processo da produção, que exigem muitos cuidados. A produção é a céu aberto, dependemos do clima, então diante de todas as dificuldades, chegar a esse resultado é a consagração de um trabalho de um ano inteiro”, explicou o q-grader e gerente das fazendas de Orfeu, Lucas Franco.

Via Úmida

Na categoria Via Úmida, houve 10 cafés premiados, todos com notas acima de 88,2 pontos. Do total, oito são das regiões mineiras do Cerrado, Matas de Minas e Canastra e três obtiveram notas acima de 90 pontos na categoria. O Cerrado Mineiro teve dois cafés classificados como presidente e a Mata de Minas um. 

O café do produtor Vitor Marcelo Queiroz Barbosa, da Fazenda Sobro e Bonito de Cima – D’Barbosa Coffee, localizada em Coromandel, na Região do Cerrado Mineiro, recebeu a nota de 91,93, assegurando o primeiro lugar na categoria.

Segundo Barbosa, receber o prêmio foi uma grande emoção. Isso devido ao ano desafiador, onde a safra enfrentou temperaturas elevadas e escassez de chuvas, resultando em sacas com grãos menores.

“Estávamos preocupados com a qualidade, mas o trabalho incansável do nosso time fez a diferença. Quando provamos os cafés, ficamos positivamente surpresos com a qualidade, que superou nossas expectativas. Receber o prêmio Cup of Excellence não é só uma conquista minha, mas de toda a equipe. Estamos muito orgulhosos de representar o Cerrado Mineiro, valorizando o brilho dessa região”, disse Barbosa.

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