Leonardo Assad Aoun comentou em: 14/07/2025 12:11

Café da região norte do Paraná conquista selo de indicação geográfica

Certificação garante que produto tem características únicas graças a um conjunto de tradições e técnicas específicas da cidade ou região.

Por g1 PR e Caminhos do Campo

Os cafeicultores de Mandaguari e outras cidades da região norte do Paraná são referências na produção do grão. Agora, cinco décadas depois da "geada negra" que destruiu a produção, em 1975, eles conquistaram o selo de indicação geográfica.

Concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o selo garante que aquele produto tem características únicas graças a um conjunto de tradições e técnicas específicas de uma cidade ou região.

Para o diretor da associação de produtores da região, Moacyr Firmino da Rocha Júnior, a conquista é um reconhecimento internacional.

“Todos os produtores vão ganhar com isso. A região ganha, o café ganha, é bom para todo mundo”, diz o diretor da associação de produtores da região.

Um dos fatores que influencia na qualidade do café produzido na região é a terra roxa, resultado da decomposição de rochas ricas em ferro. Além disso, a localidade também é atravessada pelo Trópico de Capricórnio, que proporciona equilíbrio térmico, com noites frias e dias quentes.

“Foram feitos diversos relatórios que comprovam que o café dessa região tem algumas particularidades, na bebida, no tipo de café” , afirma Moacyr.

Café da região norte do Paraná conquista selo de indicação geográfica — Foto: Caminhos do Campo

Para conquistar a certificação os produtores precisam seguir algumas regras e se enquadrar em determinadas certificações como: café acima de 80 pontos, peneira acima de 16 e ser colhido em pano ou máquina, sem contato com o chão.

Para o produtor Guilherme Fiorucci, que faz parte da terceira geração de uma família de cafeicultores, a indicação geográfica comprova a qualidade do café.

"Vamos ficar mais competitivos, agregando valor até o consumidor final”, afirma o produtor.

Com a conquista, a associação de produtores de café da região espera negociar as sacas por valores mais altos e abrir possibilidades de exportação.

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