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T Ó P I C O : A galinha

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Comentários do Tópico

A galinha


Autor: Jose Eduardo Reis Leão Teixeira

5.157 visitas

14 comentários

Último comentário neste tópico em: 11/05/2009 23:51:10


Jose Eduardo Reis Leão Teixeira comentou em: 04/05/2009 21:29

 

A galinha

 

Numa granja uma galinha se destacava entre todas as outras por sua coragem, espírito de aventura e ousadia. Não tinha limites e andava por onde queria.

O dono, porém, não apreciava estas qualidades e estava aborrecido com ela. Suas atitudes estavam contagiando as outras, que achavam bonito este modo de ser e já a estavam copiando.

Um dia o dono fincou um bambu no meio do campo, arrumou um barbante de aproximadamente 2,0 metros e amarrou a galinha a ele. Desse modo, de repente, o mundo tão amplo que a ave tinha foi reduzido a exatamente onde o barbante lhe permitia chegar. Ali, ciscando, comendo, dormindo, estabeleceu sua vida. Dia após dia acontecia o mesmo. De tanto andar nesse círculo, a grama, que era verde, foi desaparecendo e ficou somente terra. Era interessante ver delineado um círculo perfeito em volta dela. Do lado de fora, onde a galinha não podia chegar, a grama verde, do lado de dentro só terra.

Depois de um tempo o dono se compadeceu da ave, pois ela que era tão inquieta e audaciosa, havia se tornado uma pacata figura. Então cortou o barbante que a prendia pelo pé e a deixou solta.

Agora estava livre, o horizonte seria limite, poderia ir onde quisesse. Mas, estranhamente, a galinha mesmo solta, não ultrapassava o limite que ela própria havia feito. Só ciscava e andava dentro do círculo, seu limite imaginário. Olhava para o lado de fora, mas não tinha coragem suficiente para se "aventurar" a ir até lá. Preferiu ficar do lado conhecido. Com o passar do tempo, envelheceu e ali morreu.

Quem sabe esta história traz à memória a vida de algum conhecido. Nasce livre, tendo somente seus desejos como limite, mas as pressões do dia-a-dia fazem com que aos poucos seus pés fiquem presos a um chão que se torna habitual pela rotina. Olha para além do limite, que ele mesmo cria, com grande desejo e alimentando fantasias a respeito do que lá possa haver. Mas não tem a coragem para sair e enfrentar o que é desconhecido. Diz: "Sempre se fez assim, para que mudar? Ou meu avô, meu pai sempre fizeram assim, como eu iria mudar agora?"

Há pessoas que enfrentam crises violentas em suas vidas, sem a coragem de ir à frente e tentar algo novo que seja capaz de tirá-las daquela situação. Admiram quem tem a ousadia de recomeçar, porém, eles próprios, queixando-se e lamentando-se, buscam algum culpado e vão ficando no lugar, dentro do limite o qual só existe na sua imaginação.

As características do mercado sempre foram coroar com o reconhecimento aqueles que inovam, criam ou provocam situações que chamem a atenção. O segredo do sucesso está na criatividade. Criar significa pôr em prática alguma coisa que não existe. Arriscar significa correr risco de perdas. Isto é fato, mas como se poderá saber o final da história se não se caminha até o fim?

 

 

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Marcio Almeida comentou em: 05/05/2009 17:03

 

 

Temos que ver também o ponto de vista do proprietário da galinha...

Por que ele prendeu a galinha ? Pode ser que ele considerasse essa a melhor forma de proteger sua propriedade.

Muitas vezes nossos patrões nos podam em virtude de objetivos que não somos capazes de ver, ou que eles creem que seja a melhor forma de agir.

É uma grande verdade que, uma vez podado, dificilmente a galinha poderá voltar à vida antiga, bem provável que no ímpeto de proteger sua galinho, o proprietário não avalie as consequências de sua atitude.

Também é bom ver que, quando você incentiva outros a estrapolar, a grande maioria não está capacitada a trilhar novos caminhos, pode encaminhar alguém para lugares perigosos...

Esta pequena parábola tem muitas implicações...

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marcelo Scotti comentou em: 06/05/2009 14:21

 

A galinha

 

Obviamente o proprietário nao soltou a galinha por compaixão a ela, e sim a dele próprio, pois a ausencia da criatividade e arrojo dela lhe fez falta em algo.

Mas acredito, que simplesmente solta-la, foi seu segundo erro. Apenas solta, o medo de se arriscar, e voltar a a ser punidada obviamente lhe tirou o arrojo e a determinaçao. A motivaçao, o encorajamento, a franquesa da necessidade dela ativa, com certeza teria -lhe motivado a andar por toda a granja, sempre inovando e criando..

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Jose Eduardo Reis Leão Teixeira comentou em: 06/05/2009 15:42

 

 

A razão de prender a galinha poderia também ser interpretada como um incômodo ao proprietário? O arrojo e criatividade da mesma, influenciando as demais, não poderia ser uma ameaça aos interesses do proprietário no sentido de que todas as demais ficassem subjugadas a estes?

 

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Alisson Rossi comentou em: 06/05/2009 17:42

 

Que arapuca !!

 

 

        Provavelmente ela caiu numa arapuca. Bem na hora que ela tava prestes a fazer uma revolução no galinheiro!

       O Dono da granja deve ter dito a ela que se preocupasse em apenas botar seu ovo com qualidade que é o que ela sabe fazer bem feito. Assim, todas as galinhas da granja seriam bem recompensadas e tanto elas como o dono da granja e o chefe de cozinha que vende o omelete lá na ponta enriqueceriam juntos.

      Foi aí que ela enrolou o pega!  Assim que o dono da granja e o cozinheiro ficaram ricos a ração minguo e as exigências foram só aumentando.  A galinha tem que botar com mais  e mais qualidade. Hoje a galinha escravisada tem que botar  um ovo de excelente qualidade e do tamanho de um ovo de Avestruz . E não adianta que o dono da granja não vai dar mais milho não!

     E agora o que fazer???  O negócio é aprender a voar !!!   Alguém sabe ensinar galinha a voar????

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Conceicao Moura comentou em: 06/05/2009 22:40

 

A Galinha

 

Muito interessante seu texto.

A galinha não sabia qual era o seu lugar no contexto geral do galinheiro. É importante ter iniciativa, ser criativo, corajoso, voluntarioso, mas tudo tem deve estar aliado a paciência e a inteligência.

Do contrário as melhores ações podem ter má interpretação quando impetuosas.

Estratégia é o que faltou tanto à galinha como ao dono do galinheiro.

 

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Jose Eduardo Reis Leão Teixeira comentou em: 07/05/2009 08:04

 

 

Pelo visto a galinha, que foi presa para evitar influenciar as demais, estava exercendo o senso de missão, sendo este um dos fundamentos básicos de comportamento social e comercial, independente de sua posição no galinheiro, acredito.

Também, pelo visto, “suas atitudes estavam contagiando as outras, que achavam bonito este modo de ser e já a estavam copiando”.

Assim, até o momento, pelos relatos acima, foram citados quatro sujeitos:

1.      A galinha;

2.      O dono;

3.      As demais galinhas;

4.      O chefe de cozinha, que preparava e vendia as omeletes.

A galinha morreu, vencida em suas intenções, isto é certo. Pensando assim, qual foi o sujeito principal entre os citados acima, responsável pela desmotivação da galinha e permanecendo a situação como estava?
A posição da galinha no contexto geral do galinheiro seria um elemento de fundamental importância, porém, o que ela poderia fazer ao sentir a necessidade de superação? Quais seriam as estratégias que ela deveria ter utilizado para obter êxito?



 

 

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Alisson Rossi comentou em: 07/05/2009 13:28

 

Galinha

 

   Pensando apenas na morte da galinha, acredito que a maior culpada tenha sido ela mesma que não teve coragem de dar o segundo passo em direção á independência e optou pelo caminho mais confortável que era receber o milhinho de cada dia ignorando as consequencias a longo prazo. Penso que ela deveria ter se reunido às demais galinhas exposto seus sonhos e a visão próspera do futuro que somente ela vislumbrava e tentado encontrar uma estratégia em conjunto para tornar este sonho realidade.

    Agora, quanto a que estratégia tomar aí é que fica a questão? Tentar convencer o dono da importância desta parceria? Bolar um plano de voô ignorando a ajuda do dono e buscar novas formas de vender seu ovo diretamente ao consumidor ?  Sei, lá!!

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Jose Eduardo Reis Leão Teixeira comentou em: 07/05/2009 15:48

 

 

Ao que me parece ela deu o exemplo, tanto que as outras a estavam copiando. Mas, com sua prisão as demais se acovardaram e assim não prosseguiram em realizar os desejos, ficando inertes e sucumbidas ao destino traçado por outros.

Assim, acontece em nossas vidas pessoais e em nossas atividades.
Aqui, não funcionou o espírito de união e a galinha, antes audaciosa, perdeu o estímulo, não por ter ficado presa, mas por se sentir isolada.

O espírito de união, desde que haja um ideal remove dificuldades e cria soluções.

Há anos, participando de um leilão de gado de leite, repentinamente o leiloeiro colocou um pato na arena de leilões, dizendo ser o valor arrematado destinado a uma causa justa.
Naquele momento a platéia não se compunha apenas de compradores e vendedores, mas familias que até lá foram como um forma de curiosidade ou distração.
Os lances começaram como que por brincadeira e a cada arremate o pato era novamente doado e recolocado na pista. Aqueles que lá estavam por distração começaram a participar dos lances, pois os valores eram baixos e assim foi...
Parecia não ter fim o pato na pista sendo arrematado e devolvido.
Por ter sido ao alcance de todos a manifestação foi total.

Resultado, todos se sentiram interessados e proativos em contribuir, pois assumiram a causa como justa. O pato foi a estrela da noite e venceu o maior volume individual arrematado.

Portanto, quem venceu foi a causa.
Um causa que possa retratar um sonho, uma idealização, não seria motivo justo para todos se unirem e se expressarem, mostrando-se proativos nas mudanças necessárias? Para mudanças, bastam as intenções e desejos seguidos de firme realização.

No caso da metáfora, mudar a maneira de agir do dono seria dificil e desanimador, mas mudar algo que já está em processo de andamento, basta um líder encorajador, motivador, audacioso e comprometido com os novos ideais.

Na prisão da galinha, o que faltou foi outra para substitui-la imediatamente nos exemplos que estavam sendo dados. Assim, ninguém seguraria as mudanças que as demais também desejavam.



 

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José Espírito Santo comentou em: 07/05/2009 21:08

 

A Galinha

 

Acho que o importante é compartilhar o sonho, construir junto a outros um sonho. No caso da galinha ela foi mais feliz que o dono mas deveria plantar mais efetivamente, compartilhar, o sonho. Um bom exemplo foi a atuação dos cristãos até o século IV. Apesar das prisões em Roma, o sonho servio ao imperador e propagou até os dias de hoje.

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