T Ó P I C O : Tecnólogo em cafeicultura, para quem ainda não conhece esse profissional
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Criado em: 28/06/2006
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Comentários do Tópico
Tecnólogo em cafeicultura, para quem ainda não conhece esse profissional
Autor: Rafael Antonio Almeida Dias
4.882 visitas
10 comentários
Último comentário neste tópico em: 11/05/2010 15:17:55
Rafael Antonio Almeida Dias comentou em: 07/04/2010 15:09
Tecnólogo em cafeicultura
"Profissional de nível superior especializado no beneficiamento e na produção de café, bem como de seus derivados.”
Fonte: Redação Brasil Profissões
O que é ser um tecnólogo em cafeicultura?
Tecnólogo em cafeicultura é o profissional formado em curso superior de tecnologia de cafeicultura, e que atua na cadeia do agronegócio cafeeiro. Esse profissional é quem planeja e elabora projetos agrícolas relacionados com o cultivo, a produção, o armazenamento, o beneficiamento e a comercialização do café. Também é de responsabilidade desse profissional supervisionar as várias fases dos processos de produção do café e dominar aspectos importantes como as exigências climáticas, o manejo de mudas, condução da lavoura e colheita, infra-estrutura de beneficiamento, além de aspectos fitossanitários da cultura do café. A elaboração de relatórios de controle de qualidade e de projetos de otimização dos processos e de desenvolvimento sustentável da cultura cafeeira também são atividades comuns a esse tecnólogo.
Quais as características desejáveis para um tecnólogo em cafeicultura?
Para ser um tecnólogo em cafeicultura é necessário que o profissional se interesse pelas ciências da terra, e principalmente, pelo processo produtivo do café, desde sua plantação, até o consumidor final. Outras características desejáveis são:
- responsabilidade
- dinamismo
- capacidade de observação
- capacidade de organização
- competência de liderança
- fácil entendimento de processos
- raciocínio rápido
- metodologia
- capacidade de entendimento de processos naturais
Qual a formação necessária para ser um tecnólogo em cafeicultura?
Para ser um tecnólogo em cafeicultura é necessário que o profissional seja formado em um curso superior de tecnologia de cafeicultura, conseguindo, assim, o diploma de tecnólogo. O tecnólogo, segundo Decreto 2208 de 17 de abril de 1997 deve ser considerado um profissional de nível superior e tem direito de realizar pós-graduação Stricto Sensu (mestrado e doutorado) e / ou Lato Sensu (especialização). Tal modalidade de curso visa a formação de profissionais especializados em campos específicos do mercado de trabalho, por tal razão seu formato é mais compacto e sua grade curricular mais direcionada, tendo assim, duração média inferior à dos cursos de graduação regulares.
Principais atividades de um tecnólogo em cafeicultura
- planejar, implementar, acompanhar e gerenciar todo o processo produtivo cafeeiro
- coordenar o cumprimento das condições naturais do café, bem como climatização, umidade e etc., garantindo assim a qualidade dos grãos
- realizar controle de qualidade dos produtos e análises laboratoriais
- gerenciar a logística da produção, como a estocagem, embalagem, agregação de valor, etc.
- gerenciar a utilização dos equipamentos, das técnicas e do maquinário
- estudar e trabalhar no desenvolvimento de novas tecnologias na área e de técnicas de conservação e embalagem
- acompanhar o processo de comercialização do café
- elaborar projetos de redução de custos e maximização da margem de lucro
Áreas de atuação e especialidades
Esse profissional trabalha no gerenciamento do processo produtivo do café, portanto, pode atuar em grandes empresas e cooperativas, em fazendas produtoras, acompanhando pequenos ou grandes cafeicultores, etc. Também pode atuar na área de pesquisas tecnológicas, em grupos multidisciplinares, prestando consultoria e na indústria de produção de maquinário.
Mercado de trabalho
O mercado de trabalho para esse profissional é amplo, visto que o Brasil é um país de economia muito baseada nos produtos primários e na produção de alimentos, e visto ainda que o café é um produto que tem grande força no país e foi base da economia durante muito tempo. A crescente preocupação com a qualidade de vida e com a saúde também impulsionam essa área, bem como a busca pelo desenvolvimento de tecnologias de produção mais sustentáveis.
Curiosidades
A história dos cursos de tecnologia no Brasil remonta o final dos anos 60 e início dos 70, no âmbito federal de ensino e no setor privado e público, na cidade de São Paulo, quando aconteceram as primeiras experiências nesse sentido.
O primeiro curso superior de tecnologia foi criado no Brasil no ano de 1969, na FATEC - SP, de Construção Civil, nas modalidades: Edifícios, Obras Hidráulicas e Pavimentação. Tais cursos foram reconhecidos pelo MEC em 1973.
Durante a década de 70, essa modalidade de ensino passou por um período de crescimento, quando em 1979, o MEC mudou a política de estímulo à criação de cursos de tecnologia nas instituições públicas federais, sendo, os mesmos, extintos a partir dos anos 80. Em 1998, com o presidente Fernando Henrique Cardoso, ressurgem os cursos superiores de tecnologia, com nova legislação, que respondia às necessidades e demandas educacionais na sociedade brasileira.
Na tentativa de aprimorar, fortalecer e dar mais prestígios aos cursos superiores de tecnologia, foi elaborado pelo Ministério da Educação, em 2006 o Decreto n° 5.773/06, que estabelece o Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia. Esse documento, elaborado por profissionais da educação serve como guia para estudantes, educadores, instituições ofertantes, sistemas e redes de ensino, entidades representativas de classes, empregadores e o público em geral.
Onde achar mais informações?
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Eduardo Cesar comentou em: 07/04/2010 16:16
Divulgando a profissão
É sempre bom divulgar a profissão de Tecnólogo em Cafeicultura. Por ser uma profissão nova ainda existem muitas dúvidas a respeito, mas aos poucos vamos ganhando espaço.
Tenho conhecimento de Tecnólogos em Cafeicultura formados em Machado e Muzambinho que já estão trabalhando em cooperativas, dando aulas no IFET, fazendo cursos de pós-graduação e tem até uma tecnóloga no exterior.
Segue o link de outro tópico interessante sobre Tecnólogos em Cafeicultura aqui na comunidade.
http://peabirus.com.br/redes/form/post?pub_id=46173
Abraços,
Eduardo Cesar
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Rafael Antonio Almeida Dias comentou em: 07/04/2010 19:02
É verdade Eduardo, o profissional (Técnologo em Cafeicultura) aos poucos vai ganhando mercado e cabe a nós, os próprios Técnologos buscarmos esse espaço no mercado de trabalho, e nada melhor para expormos nossa cara do que a maior ferramenta de comunicação que é a internet.
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Robson comentou em: 08/04/2010 10:10
Superior em Cafeicultura Empresarial
É com muito orgulho que faço esse curso aqui no IFET de Machado, mesmo tendo 25 anos de experiencia no mercado de café, já sabia que aprenderia muita coisa boa aqui. Temos orgulho de termos professores de altíssimo nivel em nóssa instituição. E pósso com certeza afirmar que nenhum outro curso no mundo ensina tanto sobre café, desde a escolha de semente até o consumidor final, como esse curso. Por isso o tecnólogo tem que ser valorizado. Como sabemos, no mundo todo os cursos de tecnólogo tem um peso muito alto, o que dizer por exemplo do Massachusets Institute of Tecnólogy???
Abraços, Robson
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Habib - Aibi Jorge Torres comentou em: 08/04/2010 12:23
O curso realmente é diferenciado
O que falta é o reconhecimento da profissão por parte de lei específica. Está tramitando no congresso, mas ao que parece, sem a urgência que lhe é merecida.
Enquanto isso, tecnólogos formados tem que se sujeitar a trabalhar como representantes comerciais e usar o CREA de técnico agrícola, isso se tiver feito o referido curso.
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Robson comentou em: 08/04/2010 13:32
Boa noticia
O CREA resolveu apadrinhar os tecnólogos em cafeicultura, a documentação ja está pronta, estamos aguardando agora a caps liberar as áreas que o tecnólogo poderá assinar. Mais alguns meses e o CREA estará liberado, graças a Deus.
Robson
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Eduardo Cesar comentou em: 08/04/2010 14:02
Ótima notícia!!
Caro Robson,
Essa notícia que você nos deu é ótima!! Com certeza abrirá muitas possibilidades aos Tecnólogos em Cafeicultura, além de valorizar a profissão.
Abraços,
Eduardo Cesar
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João Gabriel Ribeiro Giovanelli comentou em: 11/04/2010 18:12
Regulamentação necessária...
A profissão de técnologo em cafeicultura deve ser regulamentada urgentemente para que novos profissionais sejam absorvidos pelo mercado e contribuam para o crescimento multidisciplinar do café.
Também passo pela mesma situação, sou ecólogo e apesar da área ambiental estar exigindo cada vez mais profissionais de diferentes áreas, somente alguns poucos possuem um privilégio de "assinar" os tais relatórios.
Pulso firme e coragem.
Será que existem profissionais exclusivos para trabalhar em uma área extremamente complexa e de enorme potencial de inovação, como a área do café? Com certeza não!
TAGS: profissão, café, tecnólogo, ecólogo
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Rafael Antonio Almeida Dias comentou em: 11/05/2010 11:42
Veja Mais: Curso Superior de Tecnologia em Cafeicultura
TEXTO POSTADO NO PROGRAMA MÍDIA RURAL DA CIDADE DE POÇOS DE CALDAS.
Curso Superior de Tecnologia em Cafeicultura
Nível do curso: Superior
Duração: 3 anos
Formação: TECNÓLOGO EM CAFEICULTURA
CONTEXTUALIZAÇÃO DO CURSO
O Brasil, principal produtor e exportador mundial de café e o segundo país consumidor do produto, carrega consigo a grande responsabilidade de desenvolver a cafeicultura, enfatizando a produtividade, a sustentabilidade e a qualificação de seus profissionais, buscando a melhoria da qualidade dos cafés para um mercado mundial cada vez mais exigente.
Visando a sólida formação básica e amplo conhecimento específico, teórico e prático, o curso superior de tecnologia em cafeicultura da Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho conta com uma estrutura física composta por Laboratórios de Análise de Solos, Química, Biologia, Topografia, Estação Climatológica e Unidades de Cafeicultura, Produção de Sementes de Café, Formação de Mudas e Mecanização Agrícola, entre outros.
Além da completa estrutura física, as disciplinas do Curso fornecem ao aluno todo o conhecimento necessário para sua formação teórica e prática na área de Cafeicultura, além das informações básicas, fundamentais no desenvolvimento de um profissional qualificado.
A PROFISSÃO
A Cafeicultura é, sem dúvida, uma das principais atividades agropecuárias do país. Considerando a necessidade cada vez maior de uma produção cafeeira de qualidade, surge a demanda por um profissional que tenha formação específica a fim de elaborar, avaliar e executar projetos agrícolas nas áreas de planejamento, produção, armazenamento e comercialização do Agronegócio Café, além de conhecimentos técnicos gerais e competências profissionais amplas relacionadas à agropecuária.
O Tecnólogo em Cafeicultura é o profissional responsável por trabalhar nas áreas relativas ao planejamento, em todos os processos envolvidos na implantação e condução de lavouras, processamento pós-colheita, gerenciamento e mercado do Agronegócio Café.
MERCADO DE TRABALHO
O profissional formado poderá atuar nas áreas de assistência técnica, gerenciamento, comercialização, administração e apoio à pesquisa em grandes cooperativas, empresas de destaque no Agronegócio Café ou para grandes e pequenos produtores.
Poderá ainda atuar em diversas atividades em constante crescimento no país relacionadas ao Café, como elaborar e executar projetos agrícolas nas áreas de planejamento, produção, armazenamento, comercialização e marketing, além de atuar nas áreas de manejo e conservação do solo, da água e meio ambiente.
O profissional poderá também realizar fiscalização, elaborar relatórios, pareceres e laudos técnicos, além de atuar como Responsável Técnico (RT), nos projetos de produção da área de Cafeicultura e áreas afins; de acordo com a legislação vigente.
Postado por MÍDIA RURAL
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Habib - Aibi Jorge Torres comentou em: 11/05/2010 14:03
Não deve ser difícil levar o curso para Poços.
A prefeitura de Poços de Caldas tem um convênio com o IF Sul de Minas para ministrar cursos na cidade. É só uma questão burocrática inserir o Tecnólogo em Cafeicultura na grade. Parece uma ótima idéia, uma vez que essa região tem apresentado cafés diferenciados e propriedades bastante tecnificadas, carecendo, talvez, de um profissional específico para melhorar ainda mais seu produto.
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