T Ó P I C O : Atenção para ocorrência de Mancha aureolada
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Atenção para ocorrência de Mancha aureolada
Autor: Agda Silva Prado
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Último comentário neste tópico em: 24/08/2010 16:45:44
Agda Silva Prado comentou em: 24/08/2010 16:45
Atenção para ocorrência de Mancha aureolada
O leitor do CaféPoint Erásio Júnior, produtor de café de Franca/SP, enviou um comentário ao artigo "Adversidades de clima prejudicam lavouras de café". Abaixo leia a carta na íntegra.
"Aqui no sudoeste mineiro e na Alta Mogiana, nem deu tempo ainda de aplicar as pulverizações foliares pós-colheita e já está sendo necessário entrar urgente com preventivos de cobre e fungicida nas lavouras localizadas numa altitude acima de 900 metros, pela incidência de ventos desde o início do mês de agosto, com frio à noite e calor durante o dia, deixando assim a lavoura de café totalmente vulnerável, abrindo porta de entrada de fungos e bactérias, como a MANCHA AUREOLADA, muito conhecida nessa região por causar sérios danos e muitos prejuízos.
A característica dessa doença é muito parecida com a phoma, iniciando pelos ramos, mas tem uma peculiaridade: as folhas ficam murchas e não caem e a agressividade dessa doença é muito rápida chegando a matar o pé de café num período muito curto. Fiquem atentos ."

Como detectar
Os sintomas são caracterizados por lesões foliares de coloração parda, que podem ser acompanhadas por um halo amarelado, mas a doença também incide sobre rosetas, frutos novos e ramos do cafeeiro. Quando a bactéria penetra na planta pode causar seca de ramos e desfolha. A mancha aureolada também incide sobre mudas em viveiros, causando lesões nas folhas e seca de hastes, ramos e até do ponteiro. A doença é mais importante em lavouras novas, com até três a quatro anos de idade.
Sintomas causam confusão
Como a doença pode causar seca de ramos e desfolha é, com relativa frequência, confundida com mancha de phoma, causada por Phoma tarda, ou mesmo distúrbios nutricionais ou climáticos. Um sintoma característico da doença, especialmente no final do período das águas, é que os ramos secam e ficam inicialmente com as folhas murchas, que caem posteriormente. No caso da mancha de phoma, as folhas caem antes que ocorra a seca do ramo, ou na medida em que a seca de ramos ocorre, conforme comentou o produtor Erásio.
Medidas de controle
É importante iniciar as medidas de controle ainda na fase de formação das mudas. Os viveiros devem ser instalados em locais adequados e protegidos contra ventos frios. O sistema de irrigação dos viveiros deve ser monitorado, evitando-se vazamentos nos aspersores.
Para o consultor do CBP&D/Café, Roberto Antônio Tomaziello, as medidas culturais são fundamentais para o controle dessa bacteriose no campo. O controle deve ser principalmente preventivo, por meio da instalação de quebra-ventos, se possível, ainda durante a formação da lavoura. Entre as opções de quebra-ventos temporários sugere-se o milho, a crotalária, o feijão guandu e, entre as espécies permanentes, destacam-se as grevíleas e bananeiras. Quando o cafeicultor for instalar a lavoura em regiões de elevada altitude ou com incidência constante de ventos, é importante que faça com antecedência o planejamento do plantio de quebra-ventos temporários e permanentes. Se a doença estiver presente no campo, podem ser efetuadas pulverizações com cúpricos e antibióticos.
As informações são da Embrapa Café, adaptadas pela Equipe CaféPoint.
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