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T Ó P I C O : Instituto Biosomática: novo sistema de produção de mudas de Coffea arábica

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Instituto Biosomática: novo sistema de produção de mudas de Coffea arábica


Autor: Carla de Pádua Martins

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Último comentário neste tópico em: 08/03/2012 10:23:38


Carla de Pádua Martins comentou em: 08/03/2012 10:23

 

Instituto Biosomática: novo sistema de produção de mudas de Coffea arábica

 

Considerando que estamos próximos do momento de renovação dos cafezais e para isso será necessária uma ferramenta capaz de produzir centenas, milhares e até mesmo milhões de mudas para a reposição das plantas atuais, faz-se necessário o desenvolvimento de tecnologias para a propagação clonal e massal de plantas selecionadas de cafeeiro.

A propagação vegetativa do cafeeiro apresenta-se como uma excelente alternativa na busca de avanços para a produção de mudas. Dentro da cultura de tecidos, a embriogênese somática destaca-se como uma importante ferramenta de multiplicação de plantas selecionadas. Esta técnica vem sendo conduzida de forma promissora em alguns programas de melhoramento de espécies deste gênero, embora ainda apresente vários entraves relativos ao genótipo.

Com o objetivo de elevar a produtividade e reduzir as perdas causadas pelas pragas e doenças, os principais centros de melhoramento genético como o Instituto Agronômico de Campinas, Fundação Procafé, Embrapa Café e IAPAR, desenvolveram variedades superiores. 

O Instituto Biosomática, responsável pela pesquisa, desenvolvimento e inovação de tecnologias, desenvolveu um novo sistema de produção capaz de atender as necessidades do setor. A parceria inédita realizada entre as empresas Instituto Biosomática, IAC Café e SBW do Brasil resultou na otimização da técnica inovadora de produção massal de mudas superiores. Três genótipos com elevado potencial de comercialização e com valores agronômicos agregados foram produzidos em escala piloto. Os resultados obtidos foram promissores, superando a expectativa de produção em 10 vezes. Agora estamos na fase de acompanhando das mudas no campo. Paralelamente ainda, outros centros de pesquisa já enviaram suas variedades para serem submetidas à otimização nesta tecnologia.

Este sistema de produção é muito superior aos anteriores por utilizar material vegetal simples para iniciar a propagação, garantir milhares ou até milhões de mudas com elevado padrão de fitossanidade e produtividade, e maior flexibilidade no planejamento, uma vez determinada a estratégia de produção, o cliente/produtor poderá implantar seu novo cafezal no momento em que desejar. Além de manter a planta matriz produtiva, ou seja, sem necessidade de destruição da mesma como ocorre para outras culturas, a embriogênese somática do cafeeiro permite que genótipos responsáveis pelas características de interesse como, por exemplo, sanidade, precocidade, qualidade dos frutos, produtividade, porte e arquitetura da planta sejam retidos no melhor indivíduo selecionado, como resultado final de um processo de melhoramento genético. O uso dessa tecnologia permite viabilizar a produção escalonada de mudas idênticas, reduzir os custos de produção e implantação do cafezal, aumentar a eficiência do processo proporcionando maior produtividade e consequentemente maior lucratividade para o produtor. Uma vez estabelecidas as variedades excepcionalmente produtivas, a produção em larga escala está garantida.

A embriogênese somática do cafeeiro consiste na coleta de folhas jovens para iniciar o processo de propagação. Pequenos fragmentos foliares são colocados em meios nutritivos específicos para induzir a formação de uma massa celular com elevado potencial de regeneração, que após diversas modificações fisiológicas e estruturais, irão originar milhares de embriões capazes de se desenvolverem em plantas adultas idênticas àquela selecionada como planta matriz. 




Fotos apresentando o processo de embriogênese somática do cafeeiro: Folha de café selecionada para iniciar o processo; Células formadas no tecido foliar; Formação de embriões somáticos; Desenvolvimento dos embriões somáticos; Germinação de embriões somáticos; e mudas de café enraizadas.

Joyce Meire Gomes Ferreira - Bióloga MSc, Coordenadora do projeto Embriogênese Somática de Café do Instituto Biosomática.

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