T Ó P I C O : Primeira colhedora de café produzida no mundo completa 40 anos
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Primeira colhedora de café produzida no mundo completa 40 anos
Autor: Leonardo Assad Aoun
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Último comentário neste tópico em: 20/06/2019 11:14:59
Leonardo Assad Aoun comentou em: 20/06/2019 11:23
Primeira colhedora de café produzida no mundo completa 40 anos
Desenvolvido no Brasil, com pesquisa e tecnologias brasileiras, o equipamento marcou de forma definitiva a mecanização da cultura cafeeira. Tecnologias visam atender a necessidade do agricultor para superar desafios no campo.
Jacto foi pioneira ao lançar a colhedora de café K3, em 1979 — Foto: Jacto Agrícola/Divulgação
Um projeto à frente do seu tempo. Assim pode ser considerado o lançamento, há 40 anos, da primeira colhedora de café produzida no mundo, desenvolvida com tecnologias e pesquisas brasileiras. A K3, nome do equipamento lançado pela Jacto, fabricante de máquinas e equipamentos agrícolas de Pompeia (SP), em 1979, reforça o espírito inovador da empresa e a busca por soluções que contribuam para o desenvolvimento do produtor rural e da agricultura como um todo.
“A busca por inovações e o compromisso de garantir ao agricultor o acesso às tecnologias que o tornem cada vez mais competitivo faz parte do jeito Jacto de fazer as coisas acontecerem. Foi com esse pensamento que foi lançada a colhedora de café K3, primeira do gênero no mundo. Esse pioneirismo é uma marca que a empresa se orgulha e que também nos impulsiona a sermos melhores”, avalia Fernando Gonçalves, presidente da Jacto.
A proposta começou a ganhar forma em 1973, quando deu origem ao Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Jacto.
Um aspecto interessante da história da colhedora é que o fundador da Jacto, o imigrante japonês Shunji Nishimura, entre as muitas atividades que desenvolveu quando chegou ao Brasil, trabalhou na colheita manual de café, no interior de São Paulo. A experiência da dor e de ter a mãos sangrando ao final da jornada de trabalho foi uma motivação para o desenvolvimento da máquina.
Em 1974, foi lançado o primeiro derriçador para a primeira fase da colheita e, em 1975, entra em testes a primeira versão da colhedora, o protótipo K1, acionado por trator e que serviu de base para os aperfeiçoamentos do segundo protótipo, o K2, que foi ao campo em 1977.
Finalmente, em 1979, com a presença do então vice-presidente da República, Sr. Aureliano Chaves, a Jacto lançava no mercado a primeira colhedora de café do mundo.
Para se ter uma ideia do impacto do lançamento, ainda hoje a cultura do café envolve uma atividade de elevado custo, sendo que a colheita corresponde a cerca de 40% do valor de produção, demandando grande contingente de mão de obra.
Dentro do sistema produtivo do café brasileiro, a colheita manual tem sido um fator limitante devido à falta de profissionais, tempo e custo operacional; portanto, a mecanização da colheita é fator preponderante na manutenção do Brasil entre os grandes produtores de café.
Cultura do café envolve elevado custo, sendo que a colheita corresponde a cerca de 40% do valor de produção — Foto: Jacto Agrícola/Divulgação
Contribuição para cultura cafeeira
A empresa evoluiu com sua linha de colhedoras e a K 3500, último modelo de colhedora lançado pela Jacto, tem funcionalidades e inovações que permitem ganhos em torno de 33% de economia em relação ao modo de operação tradicional. O equipamento foi desenvolvido para trabalhar em plantios tradicionais e também nos plantios adensados com até 2,50 metros entre linhas.
Entre outras funcionalidades está o baixo centro de gravidade da máquina, que permite que o equipamento trabalhe em declividades de até 20% e motor eletrônico, que proporciona menor consumo de combustível e menores níveis de emissão de poluentes. O projeto inovador da K 3500 resultou em 6 pedidos de patentes.
Atualmente, a colhedora ganhou ainda novas especificações, levando os seus diferenciais tecnológicos a um número maior de produtores. As novas especificações equipam a colhedora com um reservatório único com capacidade de 2 mil litros e oferecem regulagem manual de abertura e fechamento dos derriçadores.
Colhedora K 3500 tem funcionalidades e inovações que permitem ganhos em torno de 33% de economia — Foto: Jacto Agrícola/Divulgação
Inovação e pioneirismo como marca
Com espírito inovador, característica da empresa, o ano de 2019 marca também os 30 anos de lançamento do primeiro Uniport, pulverizador automotriz da companhia.
O primeiro Uniport, nome de uma família de pulverizadores automotrizes da empresa, foi comercializado pela Jacto em 1989.
O modelo era articulado, o que permitia ao equipamento acompanhar bem o desenho do terreno. A ideia principal para o desenvolvimento do modelo foi possibilitar ao agricultor que, com um único veículo, fosse possível realizar diferentes operações, como pulverização e adubação. Daí surgiu o significado do nome Uniport: pórtico universal.
Ao chegar ao mercado com diferenciais bastante inovadores, o Uniport trouxe um novo conceito tecnológico. Entre as suas vantagens, destacavam-se a possibilidade de ter um único equipamento (e não mais conjunto trator e implemento), trabalhar em velocidades maiores (ganho em quantidade de área tratada) e garantir conforto à operação, com maior proteção nas cabines e comandos mais próximos.
Uniport 3030 EletroVortex é o mais recente lançamento da família de pulverizadores automotrizes da Jacto; o primeiro Uniport foi comercializado pela empresa em 1989 — Foto: Jacto Agrícola/Divulgação
O pioneirismo do modelo possibilitou o desenvolvimento de produtos mais adequados para as necessidades dos agricultores e mercados, confirmando a vocação da Jacto para a inovação. Desde o primeiro modelo lançado em 1989, os equipamentos automotrizes da família Uniport ganham novas ferramentas e atualizações tecnológicas. Os pulverizadores atuais são mais precisos e mais econômicos, tanto do ponto de vista do consumo de combustível, devido aos motores mais modernos, quanto em relação à economia de insumos e menor impacto ambiental.
A inovação é levada também para equipamentos menores, que são utilizados desde o pequeno até o grande produtor. É o caso, por exemplo, do pulverizador e dosador costal Jacto DJB-20s. O equipamento, movido a bateira, é o primeiro do mundo com a possibilidade de se conectar via Bluetooth e ser controlado por um aparelho celular. Através do celular, o operador consegue configurar toda a jornada, padronizando as dosagens, pressão e vazão do produto a ser aplicado, além de selecionar o tipo de aplicação considerando o espaçamento entre as plantas. Ao final do trabalho, é gerado um relatório com informações da operação, similar aos serviços de telemetria que são oferecidos nas grandes máquinas.
“O foco do trabalho é exatamente buscar soluções para o homem do campo, do pequeno ao grande produtor. O agricultor está em busca da mais alta tecnologia, pois tem compromissos importantes consigo mesmo, com sua família e com a sociedade", avalia Wanderson Tosta, Diretor de Marketing da Jacto.
Pulverizador e dosador costal Jacto DJB-20s movido à bateria e controlado por bluetooth — Foto: Jacto Agrícola/Divulgação
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