T Ó P I C O : Eles abriram cafeteria com dinheiro emprestado e hoje faturam R$ 10 milhões com franquias
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Eles abriram cafeteria com dinheiro emprestado e hoje faturam R$ 10 milhões com franquias
Autor: Leonardo Assad Aoun
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Último comentário neste tópico em: 20/06/2022 17:04:26
Leonardo Assad Aoun comentou em: 20/06/2022 16:34
Eles abriram cafeteria com dinheiro emprestado e hoje faturam R$ 10 milhões com franquias
Fundada em Curitiba, a Go Coffee tem cerca de 120 unidades em funcionamento. Negócio foi desenhado para que franqueados não paguem royalties mensais
Por Paulo Gratão/Pequenas Empresas & Gandes Negócios
Antes de o cafezinho para viagem se tornar uma febre em cidades brasileiras, o arquiteto André Henning, 31 anos, e o analista de sistemas Eloi Ferreira, 32, resolveram criar um modelo de negócio do gênero para fazer uma renda extra, em 2017. Eles abriram a primeira unidade da Go Coffee em Curitiba (PR), com um investimento de R$ 120 mil, emprestados da família. Hoje faturam R$ 10 milhões com 120 franquias.
Elói Ferreira, André Henning e Caio Nardes, sócios da Go Coffee: rede iniciou expansão por franquias em 2019 (Foto: Divulgação)
Henning conta que os dois já tinham a ideia de abrir um negócio no ramo do café havia alguns anos, mas quando um ponto bem localizado apareceu na cidade, eles resolveram tirar o plano do papel. “Precisamos pedir dinheiro emprestado para o meu pai na época. Ele disse que emprestaria, mas era o dinheiro da família. Se desse errado, eu ia falir toda a família.”
Com essa pressão nos ombros, o empreendedor se debruçou sobre o layout do café, enquanto Ferreira, que tem mais afinidade com gastronomia, projetava o cardápio. Em um mês, a loja já estava completa. “Eu sempre analisei muito a arquitetura das cafeterias, e já sabia mais ou menos o que queria.” Para deixar o negócio ainda mais competitivo com o que já era oferecido, eles fizeram uma verdadeira imersão no mercado de cafeterias, visitando concorrentes, estudando o setor e buscando referências no exterior. “Os grandes players apostavam em crescimento, e nós queríamos ir para o lado do café caseiro brasileiro.”
No primeiro ano de funcionamento, a Go Coffee já tinha chegado ao ponto de equilíbrio, e os dois resolveram abrir a segunda unidade. “Desde o início, desenvolvemos um modelo replicável, e as pessoas nos perguntavam sobre franquias, mas eu tinha medo. Eu sabia o que era pegar o dinheiro da família, de uma vida, para empreender e os riscos disso.”
A visão do empreendedor começou a mudar com a entrada do terceiro sócio da Go Coffee, Caio Nardes, 34 anos, que culminou na abertura da terceira loja. “Ele tinha vindo de franqueadora e trouxe uma ideia de crescimento sustentável.” A formatação buscou criar um modelo de negócio que não cobrasse royalties mensais do franqueado. No lugar disso, a franqueadora se transformaria em uma indústria fornecedora, que desenvolveria as próprias bases para as bebidas e os alimentos vendidos nas lojas.
No final de 2019, a primeira franquia foi vendida para clientes fãs da marca, segundo Henning. As cinco primeiras unidades foram negociadas até que a primeira fosse inaugurada em março de 2020 — início da pandemia. “Não tínhamos noção do que ia acontecer nessa época. Resolvemos pausar um pouco as coisas e entender o cenário.”
Frape de Vanilla, Macchiato e Paçoca da Go Coffee (Foto: Divulgação)
No entanto, uma semana depois, eles conseguiram abrir as lojas novamente, uma vez que o to go estava liberado para funcionar em muitas cidades. O negócio conseguiu chamar atenção também de investidores, e agora já tem 120 unidades abertas em 70 cidades, e uma média de inauguração de vinte novas lojas por mês.
A meta é chegar até o final do ano com 400 negociadas, 200 abertas e um faturamento total de R$ 45 milhões. Em 2021, o faturamento da rede foi de R$ 9 milhões. Só nos primeiros cinco meses de 2022, a marca já ultrapassou o ano passado e bateu R$ 10 milhões em faturamento.
Atualmente, a marca comercializa cerca de 2,5 toneladas de café por mês, e mantém uma fábrica em Curitiba. De lá, saem as bases e os xaropes para todos os produtos, como cafés, muffins e cookies, que são enviados ultracongelados para as unidades franqueadas. A marca se compromete a praticar valores menores do que o mercado, e não condiciona um valor mínimo mensal de compras, segundo Henning.
Café Latte e Cookies da Go Coffee: produtos são desenvolvidos pela franqueadora e vendidos para os franqueados (Foto: Divulgação)
“Criamos um corpo maior e conseguimos acordos com as indústrias para comprar em quantidade. Como aumenta muito minha compra, eu balizo no final para o meu franqueado”, diz o empreendedor. Diante do cenário atual de inflação, a rede segurou os repasses o máximo que pôde, de acordo com Henning, mas precisou rever alguns preços.
Hoje, a Go Coffee trabalha com três modelos de negócio: o To Go, que demanda um espaço de 25 metros quadrados e um investimento inicial a partir de R$ 99 mil; a loja híbrida, com dois a três lugares para consumir no local — que se tornou o modelo dominante na rede —, custa a partir de R$ 150 mil; e a loja para shopping center, com até 45 lugares, e que demanda um investimento inicial de cerca de R$ 200 mil.
Além da rede de cafeterias, os empreendedores resolveram utilizar a expertise em franquias para criar uma holding e já têm mais três empresas em processo de formatação para lançamento no mercado. A primeira deve ser uma loja de capas para smartphones, voltada para o público B e C, com foco em cidades do interior.
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