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T Ó P I C O : MERCADO DE CAFÉ - ESCRITÓRIO CARVALHAES, TERÇA-FEIRA (13)

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MERCADO DE CAFÉ - ESCRITÓRIO CARVALHAES, TERÇA-FEIRA (13)


Autor: Leonardo Assad Aoun

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Último comentário neste tópico em: 13/09/2022 22:13:17


Leonardo Assad Aoun comentou em: 13/09/2022 21:47

 

MERCADO DE CAFÉ - ESCRITÓRIO CARVALHAES, TERÇA-FEIRA (13)

 

MERCADO DE CAFÉ

Santos, 13 de setembro de 2022 – terça-feira

Hoje, a bolsa de café de NY fechou em baixa de 405 pontos, a US$ 2,2070 por libra peso, nos contratos com vencimento em dezembro próximo.

O dólar fechou hoje a R$ 5,1890 (subiu de 1,79%).   

Mercado físico de café:

A disparada do dólar no mercado global hoje, aqui no Brasil a alta frente a real chegou a passar de 2 % na máxima do dia, derrubou os mercados ao redor do mundo. Os índices acionários de Nova Iorque caíram forte e fecharam hoje sua pior sessão desde junho de 2020. Na B3, em São Paulo, o Ibovespa registrou queda de 2,3 %. Na ICE em Nova Iorque as commodities agrícolas recuaram. O algodão caiu 3,21 %, o cacau perdeu 1,51 %, no suco de laranja as perdas foram de 1,58 %, e no café, as cotações recuaram 1,80 % (com informações do jornal Valor Econômico). Os contratos para dezembro próximo bateram em US$ 2,2600 na máxima do dia e fecharam em queda de 405 pontos a US$ 2,2070 por libra peso. Ontem caíram 375 pontos. Na sexta-feira, apresentaram alta de 630 pontos, e encerraram a semana a US$ 2,2850 por libra peso. No balanço da semana passada apresentaram queda de 30 pontos. 

Os fundamentos apontam para uma situação difícil e preocupante para o abastecimento global de café. Já não existem dúvidas de que a quebra na safra brasileira de café 2022/2023 foi maior do que a inicialmente projetada por agrônomos, produtores e cooperativas. Os trabalhos de benefício do café colhido avançam e os cafeicultores se deparam com números ainda menores do que estimavam no início dos trabalhos. O lento movimento de chegada de lotes da nova safra aos armazéns é inédito e preocupante. Os problemas climáticos se repetem em outros importantes países produtores na atual crise climática global.

O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil informou ontem que as exportações brasileiras de café em agosto último totalizaram 2 761 643 sacas de 60 kg, 10 % mais que as 2 516 668 scs exportadas em julho último, e 2 % menos que as 2 831 633 sacas exportadas em agosto de 2021. Os embarques brasileiros em 2022 (janeiro a agosto último) recuaram 5,3 % em relação ao mesmo período de 2021.

Em entrevista, no último dia 8 ao site “Notícias Agrícolas”, o presidente da Cooxupé, Carlos Augusto, informou que a cooperativa não deve alcançar as metas iniciais e fala em desafio para recebimento de 4 milhões de sacas nesta safra de 2022. As primeiras estimativas da cooperativa indicavam recebimento de 4 milhões e 600 mil sacas, número que posteriormente foi alterado para 4 milhões e 400 mil sacas, mas agora o número de 4 milhões já é considerado um número desafiador na área da cooperativa. "Já se esperava uma safra menor, mas nos surpreende muito estarmos ainda com números bem aquém dos números desejados de recebimento da Cooxupé", comentou em entrevista ao Notícias Agrícolas. O presidente explicou que além da quebra já esperada, o rendimento da safra também ficou muito abaixo do esperado.  

De acordo com dados divulgados pela COCCAMIG - Cooperativa Central de Cafeicultores e Agropecuaristas de Minas Gerais, com atuação no Sul de Minas Gerais, Matas de Minas e Cerrado Mineiro, a produção da safra 2022 está 16% menor que o volume registrado em 2021. Quando se compara com 2020, último ano de bienalidade positiva para o Brasil, a queda é ainda mais expressiva, com 53% a menos. A entidade que é composta por 16 cooperativas, com mais de 45 mil produtores, confirma que os números abaixo do esperado são reflexos da seca nos anos de 2021 e 22, frio intenso e a geada registrada no ano passado.

Os estoques de café certificado na ICE, em Nova Iorque,  caíram hoje 17.527 sacas. Estão em 585.215 sacas. Há um ano eram de 2.161.747 sacas, caindo neste período 1.576.532 sacas. No mês de agosto último esses estoques recuaram 27.420 sacas, apesar das recertificações de lotes velhos, de safras anteriores, conforme informado em uma matéria da agência Reuters, que circulou aqui no Brasil no último dia 16 de agosto.  

As cotações do café na ICE em Nova Iorque não refletem a realidade dos preços no mercado físico mundial. Cafés novos, no padrão exigido para serem certificados nessa bolsa, valem bem mais do que o cotado em seu pregão. 

A inflação do mês de agosto nos EUA superou as expectativas de investidores, analistas e economistas e elevou as apostas de que o Fed, o banco central americano, assuma uma posição mais dura em sua próxima reunião. A notícia fortaleceu o dólar globalmente. No Brasil, o dólar subiu forte frente ao real, a alta chegou a passar dos 2 % (bateu em R$ 5,2090), fechando com ganhos de 1,79 % a R$ 5,1890 (fonte: jornal Valor Econômico). Ontem o dólar fechou em baixa de 0,97 %, a R$ 5,0980. Na sexta-feira recuou 1,13 %, e encerrou a semana a R$ 5,1480.

Apesar da queda de 405 pontos em NY, a forte alta do dólar frente ao real fez com que, em reais por saca, os contratos de café para dezembro próximo na ICE fechassem hoje a R$ 1 514,89, praticamente nas mesmas bases de ontem, quando fecharam valendo R$ 1 515,63. Na sexta-feira, dia 9, fecharam a R$ 1 556,03. Encerraram a sexta-feira anterior valendo R$ 1 569,58. 

No mercado físico brasileiro, com NY em queda, mas com o dólar em forte alta, as cotações se mantiveram praticamente estáveis. Alguns compradores diminuíram o valor das ofertas, e os vendedores ficaram fora do mercado. Tivemos mais um dia de poucos negócios. O total de vendas continua bem abaixo do usual para está época de início de ano-safra.  

Áreas de instabilidade que atuam sobre o centro-sul do país propagam episódios de chuva neste início de semana principalmente sobre áreas produtoras do Paraná. A partir da metade da semana com o avanço de uma frente fria chuvas isoladas também se espalham sobre áreas produtoras de São Paulo e sul de Minas Gerais. Apesar das instabilidades se espalharem um pouco mais não estão previstos volumes expressivos de água e chuvas homogêneas. Chuvas mais abrangentes e regulares devem ocorrer sobre áreas produtoras do centro-sul do país na virada do mês de setembro para outubro. Nas áreas do Cerrado a chuva deve aumentar na segunda metade de outubro. Nas áreas produtoras entre Espírito Santo e Bahia a expectativa é para a ocorrência de chuvas isoladas  (CLIMATEMPO).

*Selecionamos e colocamos diariamente em nosso site notícias e informações sobre o mercado de café.  

FECHAMENTO DA BOLSA DE NEW YORK

SETEMBRO/22 223,95 -380

DEZEMBRO/22 220,70 -405

MARÇO/23 215,45 -375

MAIO/23 212,00 -365

JULHO/23 209,20 -345

SETEMBRO 207,00 -330

Saudações,

Escritório Carvalhaes

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