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T Ó P I C O : Cafeicultura marcou a independência econômica do Brasil Imperial

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Cafeicultura marcou a independência econômica do Brasil Imperial


Autor: Carla de Pádua Martins

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Último comentário neste tópico em: 01/03/2012 14:28:48


Carla de Pádua Martins comentou em: 01/03/2012 14:28

 

Cafeicultura marcou a independência econômica do Brasil Imperial

 

 

Influências

Cafeicultura marcou a independência econômica do Brasil Imperial
O grande desenvolvimento das lavouras de café brasileiras teve início durante o Período Regencial, em plena Monarquia, ou seja, quando o Brasil ainda era Império.

Foi considerado o mais importante acontecimento econômico do país ao longo de todo o século XIX. Nessa época, o proclamador da Independência, D. Pedro I, abdicou do trono, pressionado politicamente. Seu filho, o imperador D. Pedro II, então com apenas 5 anos de idade, não pôde assumir o poder devido à idade insuficiente.

Entre 1831 e 1840, portanto, o Brasil acabou sendo governado pelos chamados Regentes (destaque para Diogo Antônio Feijó e Araújo Lima) até que D.Pedro II aplicasse o famoso “Golpe da Maioridade” (colocação antecipada do jovem imperador no trono, com apenas 14 anos de idade – considerado um dos mais hábeis golpes políticos da história do Brasil).

Cafeicultura: os primeiros passos da economia brasileira – Num espaço de tempo relativamente curto, o café passou de uma posição relativamente secundária para a de produto-base da economia brasileira. Desenvolveu-se com total independência, ou seja, apenas com recursos nacionais, sendo, afinal, a primeira realização exclusivamente brasileira que visou a produção de riquezas.

É importante lembrar que a cana-de-açúcar, o algodão e o fumo (principais produtos do período colonial), foram introduzidos por iniciativa da Metrópole Portuguesa, com capital e mão-de-obra vindos do exterior.

Outro dado importante: assim como o Brasil teve a iniciativa de produzir café independentemente, também se propôs a comercializar o produto sozinho, sem a interferência externa. Até então, os brasileiros produziam e as Metrópoles (Portugal, Holanda e Inglaterra) comercializavam. O café foi, de certa forma, uma espécie de “grito de independência econômico-comercial” do Brasil Império.
A Guerra do Haiti com a França favoreceu “Café Brasil”

Assim como hoje a cafeicultura moderna e profissional (em sintonia com um mundo globalizado), continua a contribuir com o Brasil, às portas do século XXI, também na época do Brasil Imperial a atividade cafeeira ajudou, principalmente, no desenvolvimento da região sudeste (considerada atualmente a mais importante do país, do ponto de vista econômico).

A expansão da economia cafeeira já em meados do século XIX, introduziu, aos poucos, diversas modificações no Brasil como a substituição da mão de obra escrava pelo trabalho assalariado (através da imigração), a modernização dos meios de transporte (com a construção das estradas de ferro), a expansão da rede bancária e do crédito agrícola), a modernização dos portos do Rio de Janeiro e de Santos e a dinamização das atividades comerciais.

Política Cafeeira
Finalmente, foi de extrema importância a crescente influência política dos cafeicultores, o que decorreu também da expansão da atividade cafeeira. Situados em zonas próximas à capital do Império, eles rapidamente compreenderam a necessidade de se controlar o governo, fazendo uso de sua influência em seu próprio benefício. Aos poucos, os “barões do café” (e mais tarde, durante a República Velha, os membros da “política do café com leite”) transformaram-se na facção da aristocracia rural que maior influência exerceu sobre as autoridades governamentais.

Fonte: Cafe Facil - Café da Terra

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