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T Ó P I C O : Após carne bovina, Ecotrace agora quer rastrear couro e café

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Após carne bovina, Ecotrace agora quer rastrear couro e café


Autor: Leonardo Assad Aoun

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Último comentário neste tópico em: 23/04/2024 09:31:38


Leonardo Assad Aoun comentou em: 23/04/2024 09:24

 

Após carne bovina, Ecotrace agora quer rastrear couro e café

 

Startup de Vinhedo (SP), que já atua nas cadeias de algodão e carnes bovina e de frango, abrirá novas frentes com aporte de R$ 2 milhões

Por Marcos Fantin — São Paulo/Globo Rural

Flavio Redi, da Ecotrace: demanda por serviços de rastreabilidade em culturas como palma, café, citros e feijão

Flavio Redi, da Ecotrace: demanda por serviços de rastreabilidade em culturas como palma, café, citros e feijão — Foto: Divulgação

A Ecotrace, startup brasileira que atua na rastreabilidade de cadeias de commodities e que já atende boa parte do segmento de carne bovina, está se preparando para atuar também em outros segmentos. Para dar o novo passo, a empresa levantou mais de R$ 2 milhões em uma rodada de investimento.

Ao todo, 192 investidores participaram do aporte. A empresa levantou os recursos por meio da plataforma de investimentos em startups Captable e concluiu a rodada em pouco mais de 20 dias.

A companhia quer usar os recursos para ampliar seu portfólio e alcançar novos mercados do agronegócio. Hoje, o carro-chefe da empresa é a indústria de carne bovina — a startup, que tem JBS, Minerva e FriGol em sua lista de clientes, já é responsável, sozinha, por rastrear 40% de toda a carne que o Brasil exporta. A Ecotrace também atua nos segmentos de algodão e carne de frango.

A empresa nasceu em Vinhedo (SP) em 2018. Entre a fundação da startup e o mês de julho de 2023, passaram por seu sistema de rastreabilidade 12,3 milhões de cabeças de gado, 88 milhões de aves e 45 milhões de fardos de algodão, segundo a companhia.

“Na ampliação do portfólio, o primeiro mercado em que devemos é o de couro. Identificamos que existe uma pressão muito grande sobre a indústria automobilística para que ela utilize couro sustentável”, disse ao Valor Flavio Redi, cofundador e principal executivo da Ecotrace.

Segundo ele, a startup tem planos de ingressar também em outros segmentos de commodities, como palma, café, citros e feijão. “Algumas empresas desses setores já nos procuraram para saber como poderiam entrar na rastreabilidade”, afirmou. Redi acredita ainda que a demanda pelo serviço pode crescer na cadeia do algodão, sobre a qual, disse o empresário, a pressão aumentou recentemente.

Com o crescimento da demanda, a startup projeta forte expansão de suas operações nos próximos anos. A empresa faturou R$ 7 milhões em 2023, prevê receita de R$ 11,4 milhões neste ano e tem a expectativa de quintuplicar esse valor até 2028.

O sistema de rastreio da Ecotrace baseia-se em blockchain e inteligência artificial. “Começamos fotografando tudo dentro dos frigoríficos para gerar evidência para os importadores. Fizemos nossa visão computacional evoluir com inteligência artificial e treinamos os nossos algoritmos”, disse Redi. Hoje, a inteligência artificial da Ecotrace é capaz de identificar, de forma autônoma, contusões e contaminações nas carcaças bovinas.

A empresa levantou os recursos por meio de um “equity crowdfunding”, modalidade em que pessoas físicas podem investir no projeto e receber uma participação societária da empresa. Dos 192 participantes da rodada, 71 são investidores qualificados, critério da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que para classificar pessoas físicas ou jurídica que tenham mais de R$ 1 milhão em investimentos ou alguma certificação aceita pela autarquia. A cota mínima era de R$ 1,9 mil. A máxima para investidores não qualificados era de R$ 20 mil. Não havia teto para os qualificados.

Nos últimos dois anos, quase 3 mil investidores pessoas físicas realizaram aportes em agtechs, segundo Leonardo Zamboni, diretor de marketing da Captable. Na plataforma, disse ele, o aporte médio em startups do agro é de R$ 6 mil por investidor.

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