T Ó P I C O : CAFÉ: chuvas, floradas e a evolução das plantas
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CAFÉ: chuvas, floradas e a evolução das plantas
Autor: Leonardo Assad Aoun
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Último comentário neste tópico em: 30/10/2024 22:28:57
Leonardo Assad Aoun comentou em: 30/10/2024 16:58
Após chuvas e floradas, produtores de café estão atentos à evolução das plantas
Frustração na qualidade da produção só poderá ser confirmada em fevereiro e março de 2025
Por Isadora Camargo — São Paulo/Globo Rural
A florada do café está diretamente relacionada com a produção da planta — Foto: Divulgação/Pixabay
O pós-chuvas fez florescer muitas plantas de café em origens produtoras no Brasil. Entretanto, produtores preferem ficar atentos para verificar se a florada “vai gerar pegamento”, etapa que evolui para o surgimento do fruto que se tornará grão.
A florada do café está diretamente relacionada com a produção da planta. É a fase que marca o período fenológico da planta, que acontece quando acaba o desenvolvimento vegetativo e começa o reprodutivo, dando origem ao fruto (chumbinho) até ter a maturação e o grão formado.
Segundo o produtor de cafés especiais no Sul de Minas, Valmor Santos Filho, é prematuro precisar números sobre a queda da produção total, pois há esperança de pegamento se as chuvas se manterem nos próximos 15 dias, mas não em abundância, o que pode fazer as flores caírem mais rápido do que o necessário para o pegamento.
O analista de café do Rabobank, Guilherme Morya, concorda que haverá uma frustração na qualidade da produção do ciclo 2025/26, mas que isso só poderá ser confirmado em fevereiro e março do próximo ano.
“O período seco de abril a setembro deste ano conturbou a próxima safra do grão (2025/26) [que está em pleno desenvolvimento] e, na nossa visão, já trouxe impacto na colheita do ano que vem. Já existe uma perda de produtividade, sendo a Alta Mogiana e o Cerrado Mineiro as áreas mais impactadas em detrimento de outras origens produtoras”, explicou em evento do banco holandês, realizado nesta quarta-feira (30/10).
Por outro lado, acrescenta ele, a florada que se abriu dá “ânimo para o potencial produtivo do país”, ainda que o analista preveja uma safra menor do que a estimativa de 2023/24, que acabou de terminar e deve chegar a 68 milhões de sacas colhidas, segundo as projeções do banco.
Entretanto, os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP acreditam que as chuvas das últimas duas semanas melhoram as expectativas do produtor e o colocam à prova para tomar todas as medidas necessárias e possíveis de manejo conservacionista para assegurar produtividade acima da média na safra 2025/26.
Segundo a análise técnica reportada nesta quarta-feira no boletim diário do Cepea, o “momento agora é de intensificar os tratamentos visando transformar a maior quantidade possível dessas flores em carga para o ano que vem”.
Os pesquisadores enfatizam que, para que o pegamento ocorra de forma satisfatória, “é fundamental a continuidade das chuvas”. Caso contrário, pode haver o abortamento das flores e dos chumbinhos, acarretando em mais perdas significativas na próxima temporada.
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