T Ó P I C O : A minha história com o Consórcio Pesquisa Café - Por Sérgio Parreiras Pereira
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A minha história com o Consórcio Pesquisa Café - Por Sérgio Parreiras Pereira
Autor: Leonardo Assad Aoun
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Último comentário neste tópico em: 04/10/2025 21:03:31
Leonardo Assad Aoun comentou em: 03/10/2025 16:26
A minha história com o Consórcio Pesquisa Café - Por Sérgio Parreiras Pereira
A minha história com o Consórcio Pesquisa Café
Com Cleber, Régis, Moretto, Elifas e Gilmar, no final dos anos 90, na Fazenda Experimental de Machado – EPAMIG.
Em 1997 concluí o curso de Agronomia e, no ano seguinte, em 1998, ingressei como primeiro bolsista do recém-criado Consórcio Pesquisa Café, atuando na Fazenda Experimental de Machado, da EPAMIG. Foi ali que iniciei minha trajetória na pesquisa cafeeira, em uma fase marcada por aprendizado intenso, experimentação em campo e convívio com grandes nomes da ciência do café. Essa vivência me permitiu conhecer mais profundamente diferentes regiões produtoras e sistemas de cultivo, como o Sul de Minas, o Cerrado, as Matas e Chapadas de Minas, a Alta Mogiana, entre outras, sempre em projetos que já nasciam sob a lógica colaborativa proposta pelo Consórcio.
Em 2002, com o apoio do Consórcio, segui para o mestrado em Lavras, na UFLA. Ali tive a oportunidade de atuar com professores e pesquisadores renomados, participando de inovações que estavam em curso naquele momento — como a consolidação do NECAF (Núcleo de Estudos em Cafeicultura) e a realização da Expocafé, em Três Pontas, que ano após ano se firmava como o principal espaço de difusão de tecnologias para a cafeicultura. Tudo isso esteve diretamente ligado ao Consórcio Pesquisa Café, que promovia a integração entre instituições, pessoas e projetos em prol do desenvolvimento do setor.
Em 2004, por meio de concurso, ingressei como pesquisador no Instituto Agronômico (IAC), em Campinas, trazendo comigo toda essa bagagem de interação e de rede que o Consórcio sempre fomentou. Pouco depois, a convite da Embrapa Café, assumi a coordenação do Núcleo de Manejo da Lavoura Cafeeira, ampliando pesquisas voltadas à sustentabilidade e à produtividade dos cafezais. Desde minha entrada no IAC até os dias de hoje, mantenho projetos apoiados pelo Consórcio Pesquisa Café, que têm garantido a continuidade e a expansão das minhas linhas de pesquisa.
Foi também sob a inspiração do Consórcio, em parceria com o Conselho Nacional do Café (CNC), que, em 2006, participei da criação da Rede Social do Café, plataforma pioneira que se consolidou como espaço de comunicação, curadoria e difusão de conhecimento entre pesquisadores, técnicos, produtores e toda a cadeia do café. Atuo desde então como articulador da Rede, em um projeto que nasceu dentro dessa lógica de colaboração, é uma das principais realizações da minha carreira e sempre contou com o apoio de projetos desenvolvidos no âmbito do Consórcio Pesquisa Café.
Ao longo de mais de 25 anos, posso afirmar que cada etapa da minha trajetória — do primeiro trabalho em Machado às articulações atuais no IAC e na Rede Social do Café — esteve conectada ao Consórcio. Mais do que um programa de fomento, ele foi para mim um marco de vida, que me permitiu aprender, crescer, assumir responsabilidades e contribuir com a construção coletiva da cafeicultura brasileira.
Com Paulo, Gilmar e Edson, em 2003, na Fazenda Experimental de Machado – EPAMIG.
Com Bartholo e Nacif, em 2004, na sede da Embrapa, em Brasília – DF.
Com Petek, Gerson, Julio e Baião, em 2005, no IAC, em Campinas – SP.
Com colegas da UFLA, UFV, UNIUBE, UESB, Fundação Procafé e da iniciativa privada, em 2008, em Barra do Choça – BA.
Com Fazuoli, em 2018, no Instituto Agronômico, em Campinas – SP.
Um reencontro no Dia Internacional do Café
A percepção de que minha trajetória sempre esteve profundamente conectada ao Consórcio Pesquisa Café ficou ainda mais forte nesta semana, em que celebramos o Dia Internacional do Café. No dia 1º de outubro, a sede da Embrapa Café, em Brasília, foi palco de um grande encontro. O evento, que marcou os 25+ anos da Embrapa Café e do Consórcio Pesquisa Café, transformou-se em um verdadeiro túnel do tempo: nele, se reuniram pessoas e instituições que estiveram presentes desde a gênese desse arranjo inovador e que, ao longo de duas décadas e meia, ajudaram a garantir sua permanência.
Com Melles, Bartholo, Nacif e Gustavo, no Dia Internacional do Café, na sede da Embrapa, em Brasília – DF.
Estiveram presentes representantes e foram homenageadas as dez instituições signatárias do Consórcio Pesquisa Café: Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Instituto Agronômico de Campinas – IAC/APTA, EPAMIG (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais), Ministério da Agricultura, Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural), UFLA (Universidade Federal de Lavras), UFV (Universidade Federal de Viçosa), PESAGRO-Rio (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro), UESB (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) e IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná).
O encontro também reuniu pessoas que, ao longo dos anos, tiveram participação efetiva na construção do Consórcio — pesquisadores, gestores, articuladores institucionais, representantes do setor produtivo e lideranças políticas. Entre eles estavam: o ex-deputado federal Carlos Melles, o presidente do Conselho Nacional do Café, Silas Brasileiro, o ex-presidente da Embrapa e fundador do Consórcio Pesquisa Café, Alberto Duque Portugal, o primeiro gerente-geral da Embrapa Café, Antônio de Pádua Nacif Assef, o ex-gerente-geral da Embrapa Café, Gabriel Ferreira Bartholo, o Dr. Eliseu Roberto de Andrade Alves, primeiro presidente da Embrapa, o representante da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Adhemar Pereira de Carvalho, e o deputado federal Emidinho Madeira, presidente da Frente Parlamentar do Café. Também marcaram presença ex-empregados e servidores da Embrapa que atuaram diretamente durante esses 25 anos, contribuindo para consolidar o Consórcio como referência na pesquisa cafeeira.
Foi um momento de reconhecimento, em que se destacaram trajetórias individuais e institucionais que, somadas, explicam a força do Consórcio. Cada lembrança compartilhada naquele auditório mostrava como a pesquisa cafeeira avançou graças à integração, ao trabalho em rede e à visão de futuro que sustentaram o Consórcio Pesquisa Café desde sua criação.
Essa articulação inovadora foi decisiva para que o Brasil se firmasse como o maior produtor mundial de café, alcançando níveis de produtividade e sustentabilidade reconhecidos internacionalmente.
Rever essa história, no Dia Internacional do Café, foi também reencontrar parte de mim — e da minha própria trajetória construída junto ao Consórcio.
Vida longa ao Consórcio Pesquisa Café!
Sérgio Parreiras Pereira
Pesquisador Científico do Instituto Agronômico (IAC)
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Com Tristão, Alessandro, Omar, Guerra e Adhermar, no Dia Internacional do Café, na sede da Embrapa, em Brasília – DF.
Com Bartholo e Portugal, idealizadores da Rede Social do Café.
Com Adhemar, Emidinho, Silas e Portugal, no Dia Internacional do Café, na sede da Embrapa, em Brasília – DF.
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