T Ó P I C O : Para driblar o tarifaço, setor do café mira em abertura de novos mercados e compradores internacionais que visitam a SIC
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Para driblar o tarifaço, setor do café mira em abertura de novos mercados e compradores internacionais que visitam a SIC
Autor: Leonardo Assad Aoun
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Último comentário neste tópico em: 06/11/2025 17:46:58
Leonardo Assad Aoun comentou em: 06/11/2025 17:26
Para driblar o tarifaço, setor do café mira em abertura de novos mercados e compradores internacionais que visitam a SIC
Semana Internacional do Café tem visitantes de 40 países e montou sala de rodada de negócios, para unir diretamente os produtores brasileiros com os importadores de outros países
A Semana Internacional do Café (SIC) reflete o bom momento do setor, mesmo em meio a desafios como as tarifas impostas às exportações e a queda recente nas vendas globais. O evento deste ano cresceu 50% em espaço e mais de 30% em número de expositores, reunindo lideranças de toda a cadeia e reforçando o posicionamento do Brasil como protagonista no mercado mundial.
“O que a gente vê é uma SIC maior, com um mercado superunido, todas as entidades falando a mesma língua, consolidando essa imagem de um Brasil sustentável, que tem preocupação com o meio ambiente e que entrega resultados reais”, afirma Caio Alonso Fontes, CEO da Espresso&Co, uma das organizadoras do evento.
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Segundo Fontes, a feira é um retrato fiel da força do setor. “Economicamente falando, uma feira nunca é maior que o mercado — ela reflete o que ele é. E hoje o mercado do café brasileiro mostra crescimento e organização”, explica.
Além do crescimento físico, o CEO destaca que o evento espelha uma mudança mais profunda: a maturidade institucional da cadeia produtiva. “O setor está mais coeso do que nunca. As cooperativas, as entidades e a indústria estão realmente falando a mesma língua, com uma visão de longo prazo. Isso faz toda a diferença para fortalecer o posicionamento do Brasil lá fora”, observa.
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TARIFAÇO
Um dos temas mais comentados na feira foi o tarifaço aplicado a produtos brasileiros por parte dos Estados Unidos e que afetou em cheio o mercado cafeeiro do Brasil — mas também gerou reflexos do outro lado.
Segundo Fontes, a medida acabou pressionando a própria indústria americana, que viu o café pesar mais no bolso do consumidor e reacender o debate sobre origem e custos de produção. “Os americanos começaram a entender de onde vem o café deles, porque a inflação lá é puxada pelo café. É curioso ver essa virada de percepção”, comenta.
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Caio Alonso Fontes, diretor de planejamento da Espresso&Co
Para driblar o tarifaço, setor do café mira em abertura de novos mercados e compradores internacionais que visitam a SIC
Semana Internacional do Café tem visitantes de 40 países e montou sala de rodada de negócios, para unir diretamente os produtores brasileiros com os importadores de outros países

A Semana Internacional do Café (SIC) reflete o bom momento do setor, mesmo em meio a desafios como as tarifas impostas às exportações e a queda recente nas vendas globais. O evento deste ano cresceu 50% em espaço e mais de 30% em número de expositores, reunindo lideranças de toda a cadeia e reforçando o posicionamento do Brasil como protagonista no mercado mundial.
“O que a gente vê é uma SIC maior, com um mercado superunido, todas as entidades falando a mesma língua, consolidando essa imagem de um Brasil sustentável, que tem preocupação com o meio ambiente e que entrega resultados reais”, afirma Caio Alonso Fontes, CEO da Espresso&Co, uma das organizadoras do evento.
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Segundo Fontes, a feira é um retrato fiel da força do setor. “Economicamente falando, uma feira nunca é maior que o mercado — ela reflete o que ele é. E hoje o mercado do café brasileiro mostra crescimento e organização”, explica.
Além do crescimento físico, o CEO destaca que o evento espelha uma mudança mais profunda: a maturidade institucional da cadeia produtiva. “O setor está mais coeso do que nunca. As cooperativas, as entidades e a indústria estão realmente falando a mesma língua, com uma visão de longo prazo. Isso faz toda a diferença para fortalecer o posicionamento do Brasil lá fora”, observa.
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TARIFAÇO
Um dos temas mais comentados na feira foi o tarifaço aplicado a produtos brasileiros por parte dos Estados Unidos e que afetou em cheio o mercado cafeeiro do Brasil — mas também gerou reflexos do outro lado.
Segundo Fontes, a medida acabou pressionando a própria indústria americana, que viu o café pesar mais no bolso do consumidor e reacender o debate sobre origem e custos de produção. “Os americanos começaram a entender de onde vem o café deles, porque a inflação lá é puxada pelo café. É curioso ver essa virada de percepção”, comenta.
Caio Alonso Fontes, diretor de planejamento da Espresso&Co
Impactadas diretamente pelas tarifas, as exportações brasileiras de café deverão cair cerca de 20% em 2025, ficando entre 40 e 41 milhões de toneladas, de acordo com o último levantamento do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Apesar da pressão sobre as exportações, o setor tem mostrado capacidade de adaptação, redirecionando embarques e fortalecendo relações com novos parceiros comerciais. “Outros mercados estão crescendo, e o Brasil vem se organizando melhor para levar uma mensagem mais forte lá fora”, diz Fontes.
Esse movimento vem acompanhado de uma mudança na comunicação internacional do café brasileiro, que passa a se posicionar com mais clareza sobre sustentabilidade, rastreabilidade e qualidade. “O Brasil está aprendendo a contar melhor sua história, e isso é essencial num cenário de competição global. Não é só vender café — é mostrar o que está por trás dele”, acrescenta o CEO.
NOVOS MERCADOS E RODADA INTERNACIONAL DE NEGÓCIOS
Com a intenção de ampliar horizontes, a SIC triplicou o investimento em missões internacionais e recebeu representantes de 40 países. O evento também estreou uma sala exclusiva de rodadas de negócios, montada para aproximar diretamente produtores brasileiros e compradores estrangeiros.
“Ali, literalmente, o comprador está com o talão de cheque na mesa, provando e comprando café. É um investimento para gerar negócios reais para o produtor, e esse contato direto é fundamental para o futuro do café brasileiro”, destaca Fontes.
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O projeto segue o modelo do Sebrae, com pré-cadastro de produtores e seleção de compradores internacionais com perfis compatíveis. Antes mesmo do início da feira, os representantes estrangeiros também visitaram regiões produtoras para conhecer de perto o sistema de produção e a qualidade dos grãos.
Mais do que oportunidades comerciais, essas ações reforçam o papel da SIC como vitrine diplomática do café brasileiro. “A feira virou um ponto de encontro entre quem produz e quem decide o que o mundo vai consumir. Quando o importador conhece o produtor, entende o que está por trás da xícara — e isso muda completamente a relação comercial”, resume a liderença.
SUSTENTABILIDADE E NOVOS POLOS PRODUTORES
Além dos negócios, a sustentabilidade foi um dos eixos centrais da feira. Fontes destacou a importância de reforçar a imagem de um “Brasil que dá certo”, com produção responsável e renda positiva para o produtor.
“O café é o Brasil que dá certo. O produtor brasileiro tem uma das melhores rendas do mundo, e o setor vem mostrando liderança, tecnologia e diálogo”, afirma.
Estados emergentes também ganharam destaque, com Acre e Rondônia ampliando suas áreas de exposição e atraindo novos compradores. “O Acre dobrou o tamanho do estande e mudou a forma de comercializar. Rondônia é um espelho de organização. É bonito ver esse movimento dentro da feira”, diz Fontes.
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Segundo ele, o evento se consolida como uma plataforma de negócios e conexões que aceleram decisões e fortalecem a cadeia produtiva. “Em três dias, conseguimos reunir produtor, cooperativa, indústria e comprador internacional. Isso faz o mercado girar mais rápido e reforça o protagonismo do café brasileiro no cenário global”, conclui.
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