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T Ó P I C O : Café: alívio tarifário não reduz pressão sobre cotações

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Café: alívio tarifário não reduz pressão sobre cotações


Autor: Leonardo Assad Aoun

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Último comentário neste tópico em: 03/12/2025 20:00:28


Leonardo Assad Aoun comentou em: 03/12/2025 18:59

 

Café: alívio tarifário não reduz pressão sobre cotações

 

Estoques baixos sustentam preços do café no curto prazo

Agrolink - Seane Lennon

Foto: Pixabay

O mercado global de café passa por um período de ajuste após a suspensão das tarifas adicionais de 40% sobre os grãos brasileiros — exceto o café solúvel — anunciada em 20 de novembro. Embora a medida tenha trazido um alívio imediato, os baixos estoques certificados e nos principais destinos, somados a fatores climáticos em grandes produtores, indicam que as cotações podem manter sustentação no curto prazo.

A retirada das tarifas pelos Estados Unidos provocou inicialmente pressão sobre os futuros do arábica, que recuaram ao menor nível em dois meses. Em seguida, houve recuperação parcial, amparada pela escassez de estoques e pela cautela dos cafeicultores brasileiros, que seguem resistentes em comercializar grandes volumes da safra 25/26. Para a analista da Hedgepoint, Laleska Moda, “esse comportamento reforça a percepção de que, mesmo com o alívio tarifário, a oferta disponível para exportação continua limitada”.

Os estoques certificados de arábica encerraram a última semana em 406,9 mil sacas, queda acumulada de 54,96% no ano. No caso do robusta, os volumes caíram para 755 mil sacas, enquanto a colheita no Vietnã segue atrasada por causa de chuvas intensas associadas ao La Niña. Nos principais destinos, o quadro também é de recuo: os estoques da União Europeia diminuíram para 7,8 milhões de sacas, o menor patamar desde maio, e os estoques no Japão estão abaixo da média histórica.

Apesar da limitação na oferta, o consumo mostra sinais de recuperação. A União Europeia encerrou a safra 24/25 com demanda acima da média da última década e iniciou 25/26 em ritmo firme, favorecida pelo inverno no Hemisfério Norte. A combinação entre recuperação da demanda e estoques reduzidos tende a sustentar os preços no curto prazo, com suporte estimado para o contrato de março/26 próximo de 350 c/lb. Em 2026, no entanto, o mercado pode passar por correções, caso a safra 26/27 do Brasil siga com bom desenvolvimento e novas origens — como Vietnã e América Central — retomem os embarques.

Segundo Laleska Moda, a suspensão das tarifas tem efeito positivo, mas não elimina o principal entrave. “Os estoques continuam em níveis historicamente baixos. Além disso, atrasos na colheita do Vietnã e a postura cautelosa dos produtores brasileiros devem manter suporte aos preços no curto prazo”, afirma a analista.

 

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