T Ó P I C O : Consórcio japonês paga US$ 8,6 mil por saca de café do Brasil
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Consórcio japonês paga US$ 8,6 mil por saca de café do Brasil
Autor: Leonardo Assad Aoun
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Último comentário neste tópico em: 11/12/2025 17:51:47
Leonardo Assad Aoun comentou em: 11/12/2025 18:17
Consórcio japonês paga US$ 8,6 mil por saca de café do Brasil
Variedade Arara produzida em Minas alcança maior preço do leilão, em uma edição marcada por recorde de lances, disputa internacional e alta valorização dos cafés especiais brasileiros
Café grãos (Crédito: Freepik)
Um café da variedade Arara, produzido na Fazenda Aracaçu, em Três Pontas (MG), no Sul de Minas, foi arrematado no leilão Cup of Excellence (CoE) Brazil 2025 — o principal concurso de qualidade de cafés especiais do mundo — por um consórcio japonês que pagou US$ 8.611,43 por saca, o equivalente a cerca de R$ 46.803.
Esse que foi o maior preço de todo o leilão é um valor considerado “extraordinário” e comparável às cotações das variedades mais premiadas e raras do mundo. A segunda fração do mesmo lote foi arrematada pela Angelino’s Coffee, dos EUA, por praticamente o mesmo valor (US$ 8.598,20 por saca ou aproximadamente R$ 46.731 na cotação atual).
O café campeão foi o vencedor da categoria “Via Seca” ou “Natural” (colhido e seco com casca). Nesse processo, o fruto inteiro (casca, polpa e semente) é levado para os terreiros ou secadores, onde permanece até atingir o ponto ideal de umidade.
Neste ano, o CoE se transformou em um dos pregões mais disputados da história da premiação no Brasil. Ao todo, foram cerca de nove horas seguidas de lances, o que estabeleceu um recorde de duração, com 2.507 ofertas feitas por dezenas de compradores de quase 30 países, entre Europa, Ásia, Oriente Médio e Américas.
Os 30 lotes campeões da safra 2025 foram colocados à venda on-line, atraindo torrefações, cafeterias e traders internacionais que buscavam cafés de alta pontuação, origem rastreável e processamento diferenciado. A competição acirrada resultou em uma arrecadação total de US$ 329,7 mil — aproximadamente R$ 1,8 milhão —, garantindo aos produtores o segundo maior preço médio da história do concurso no país, cerca de R$ 15 mil por saca.
O desempenho reforçou a força dos cafés especiais brasileiros no mercado global. Segundo a BSCA, o interesse internacional mostra que o Brasil consegue entregar qualidade, diversidade varietal, inovação nos processos e sustentabilidade, fatores cada vez mais valorizados por compradores premium.
O leilão também expôs a amplitude da demanda mundial: os lotes brasileiros serão enviados para consumidores de Europa, América do Norte, América do Sul, Oriente Médio e Ásia, consolidando o país como um dos principais fornecedores globais de cafés especiais de alta complexidade sensorial.
Fonte: Dinheiro Rural
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