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T Ó P I C O : Irrigação salva a rentabilidade nas lavouras brasileiras de café conilon

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Irrigação salva a rentabilidade nas lavouras brasileiras de café conilon


Autor: Leonardo Assad Aoun

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Último comentário neste tópico em: 29/03/2017 13:08:30


Leonardo Assad Aoun comentou em: 29/03/2017 09:53

 

Irrigação salva a rentabilidade nas lavouras brasileiras de café conilon

 

Áreas com a tecnologia de gotejamento avançam em Rondônia e ajudam a recompor a produção. Netafim prevê faturar 25% mais em 2017 em relação ao ano passado com avanço em grãos e citros

 

Agricultor obteve produtividade de 60 sacas por hectare em Linhares (ES) cerca de três vezes acima da média estadual calculada pela ConabFoto: Dreamstime

Uberlândia (MG) - A seca castigou as lavouras de café conilon (robusta) em 2016 e ainda dão prejuízo este ano. No entanto, no estado brasileiro líder da cultura, o Espírito Santo, áreas irrigadas escaparam da quebra de safra e aproveitaram os recordes de preço do grão verde.

O produtor rural Arlindo Modenesi conta que, em 2016, muitas propriedades erradicaram as plantas improdutivas. Mesmo neste cenário, em uma área de dez hectares irrigados por gotejamento no município de Linhares (ES), ele conseguiu uma produtividade de 60 sacas por hectare. Nas contas do agricultor, foi possível obter uma rentabilidade líquida de R$ 21,6 mil por hectare.

Um levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que a produtividade média do conilon no Espírito Santo atingiu 19,36 sacas por hectare no ano passado. A marca representa queda 29,4% em relação a 2015. O resultado pressionou o desempenho nacional da cultura, que ao produzir 7,98 milhões de sacas de 60 quilos perdeu 28,6% quando comparado com a colheita de 2015.

Para 2017, a Conab enxerga algum fôlego para o setor, com possibilidade de aumento entre 8,1% e 20,5% na produção nacional. Muito disso se deve às apostas depositadas em Rondônia - segundo colocado no ranking brasileiro do conilon - que deve crescer de 14,9% a 22,1%, para 1,98 milhão de sacas.

Ao partir do pressuposto que a irrigação é um importante motor de produtividade na cafeicultura, Modenesi, que também é distribuidor de sistemas de gotejamento da multinacional israelense Netafim, diz que a demanda deste tipo de infraestrutura para Rondônia está em ascensão.

"Acredito em um aumento médio de 10% a 15% ao ano no mercado de irrigação por gotejamento para o conilon naquele estado", estima o produtor.

Além das áreas em Linhares (ES), Modenesi cultiva 20 hectares do grão robusta em Nova Brasilândia d'Oeste (RO). Até 2018, a meta é acrescentar outros 20 hectares à propriedade, todos irrigados. Enquanto a produtividade média estabelecida pela Conab vai até 22,65 sacas por hectare para o estado, a tecnologia de gotejo tem permitido que o agricultor colha 140 sacas por hectare - uma diferença gigantesca.

No Norte, os preços praticados para a commodity giram em torno de R$ 410 a R$ 420 por saca, até R$ 40 abaixo do valor exercido no Espírito Santo. Porém, como o volume colhido por Modenesi foi superior em Rondônia, o faturamento da propriedade somou R$ 51,1 mil por hectare.

Gotas

Durante o 1º Seminário Internacional de Café e Cacau da Netafim, realizado em Uberlândia (MG), o presidente da Netafim no Mercosul, Alexandre Gobbi, disse ao DCI que os pequenos produtores de café estão no radar da empresa. A expectativa é que o avanço da aplicação de sistemas de irrigação por gotejo na citricultura e nos cultivos de soja e milho, principalmente na Região do Matopiba (formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e oeste da Bahia), farão com que a multinacional cresça 25% neste ano. Em 2016 a companhia faturou cerca de US$ 50 milhões no Brasil.

Para Gobbi, a confiança está começando a se recuperar no campo e existe uma tendência de juros mais baixos no Plano Safra, fatores que podem impulsionar o setor neste ano. "Hoje, a falta de crédito rural para este tipo de investimento é o principal gargalo do setor", pondera o executivo.

Nayara Figueiredo

Via DCI

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