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T Ó P I C O : perda 6 milhões de sacas de café devido a estiagem e calor

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Comentários do Tópico

perda 6 milhões de sacas de café devido a estiagem e calor


Autor: Marco Antonio Jacob

30.383 visitas

66 comentários

Último comentário neste tópico em: 02/02/2020 21:29:45


Guilherme Alves Meira comentou em: 06/02/2014 18:06

 

Chuva no Sul de MG?

 

Boa tarde!

 

       Acabo de ver no site www.agritempo.gov.br, mapas de monitoramento de MG, que a precipitação acumulada de 01 a 05 de fevereiro no sul de MG foi de 5 a 80 mm - a precipitação máxima foi ao redor de Alfenas. Isso é real? 

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Rodrigo Machado comentou em: 06/02/2014 18:28

 

Na Fazenda Harmonia - Muzambinho

 

Segue as precipitações em minha fazenda no mes de janeiro:

 

Mês : Janeiro
Dia  Quantidade 
1  janeiro, 2014 14 mm
13  janeiro, 2014 3 mm
15  janeiro, 2014 5 mm
16  janeiro, 2014 14 mm
17  janeiro, 2014 4 mm
20  janeiro, 2014 5 mm
23  janeiro, 2014 22 mm
24  janeiro, 2014 20 mm
     
     
     
     
     
Total mês 87 mm

 

 

Condição das lavouras e do solo: solo conserva uma umidade razoavel, pouca incidencia de coração negro (ainda sim presente), crescimento dos ramos pra proxima safra estão medianos

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Sergio Parreiras Pereira comentou em: 06/02/2014 19:57

 

Região 108 - Sul de Minas e Mogiana Paulista

 

http://clima1.cptec.inpe.br/~rclima1/estacao_chuvosa_detalhe.shtml#!/regiao-108

 

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RICARDO LIMA DE ANDRADE comentou em: 07/02/2014 19:20

 

Departamento Técnico da COCAPEC analisa lavouras de café da Alta Mogiana

 

A COCAPEC - Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas, com sede em Franca/SP, e atuação na região da Alta Mogiana, mobilizou, desde o início desta semana ,seus agrônomos para analisarem a situação das lavouras da região da Alta Mogiana. O levantamento esta sendo realizado para verificar os efeitos do clima quente e seco sobre a produção regional de café.
 

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kenny josé da costa comentou em: 07/02/2014 23:37

 

Seca na cafeicultura.

 

Realidade em Piumhi-MG é a mesma observada.

 

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RICARDO LIMA DE ANDRADE comentou em: 08/02/2014 16:59

 

EXPLICAÇÃO PARA ESTA ANOMALIA CLIMÁTICA

 

Por que não está chovendo no Sudeste do Brasil?

Aproximadamente desde meados do mês de Dezembro do ano passado até o presente, a Região Sudeste do Brasil tem apresentado temperaturas máximas extremas acima da média e valores escassos de chuva. Em várias localidades desta Região registraram-se recordes de temperatura em um período de 70 anos. A falta de chuva e as elevadas temperaturas também favoreceram a ocorrência de valores baixos e extremos de umidade relativa do ar. Várias localidades do interior de São Paulo (SP) atingiram valores inferiores a 20%.


 

A Figura 1 mostra o mapa de anomalias de precipitação do mês de janeiro. Observa-se uma ampla área com valores negativos (tons laranja) cobrindo mais do 70% do território brasileiro. Sobre o Sudeste do Brasil, por exemplo, os valores negativos foram inferiores a 200 mm.


 


 

                                                                          FIGURA 1


 

Durante o verão,  principalmente em regiões tropicais, a chuva e a temperatura tem um comportamento inversamente proporcional. Isto significa que, quando a nebulosidade é significativa e chove, a temperatura diminui e quando a nebulosidade é escassa a temperatura aumenta. A falta de nebulosidade favorece o aumento da incidência da radiação solar sobre a superfície da terra, trazendo como consequência direta um aumento na temperatura do ar. Esta é a explicação do porquê da ocorrência de temperaturas tão elevadas na Região Sudeste do Brasil.


 

Qual é causa da falta de chuva e/ou de nebulosidade?


 

A chuva é provocada por duas condições necessárias: umidade suficiente e mecanismo de levantamento do ar. Se faltar alguma destas condições, não ocorrerá chuva. Em condições normais a chuva de verão sobre o Sudeste é provocada pela abundante umidade do ar, trazida da região amazônica, pelas elevadas temperaturas e pela atuação de sistemas de baixa pressão (ciclones subtropicais, cavados, frentes oceânicas).


 

Durante este período de estiagem, grande parte da Região Sudeste vem sendo influenciada por um sistema de circulação anticiclônica anômalo centrado na troposfera média, que inibe o mecanismo de levantamento do ar. A presença deste sistema provoca movimentos descendentes (subsidência), favorecendo a compressão do ar e em consequência o aumento da temperatura e a diminuição da umidade do ar. 
A Figura 2, mostra o campo de anomalia de altura geopotencial em 500 hPa correspondetente ao mês de janeiro de 2014.


 

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                          FIGURA 2


 

Notam-se dois máximos anômalos significativos, um localizado no oceano Pacífico Sul, e outro no Atlântico, entre os paralelos 20S e 40S.  Sobre a Patagônia argentina e o Atlântico Sul observa-se uma ampla área com anomalias negativas associada à frequente passagens de sistemas de baixa pressão (frentes e ciclones).  A combinação do máximo e do mínimo anômalo do Atlântico Sul determina e direciona os sistemas frontais frios desde o sul do continente até, aproximadamente o paralelo 35S, na altura do centro da Argentina e do Uruguai. Desta maneira o ar frio proveniente do sul fica restrito a estas latitudes, sem conseguir avançar para nordeste e penetrar sobre o território brasileiro. O máximo anômalo de altura geopotencial do Atlântico impede que os sistemas transientes (ciclones, anticiclones, cavados e frentes) avancem pelo mar até latitudes mais baixas e consigam instabilizar a Região Sudeste do Brasil. Este é a explicação da falta de chuva na Região Sudeste do Brasil.


 

A Figura 3, mostra o campo de omega (mecanislamo de levantamento) em 500 hPa correspondente ao mês de janeiro de 2014. Nota-se uma ampla área com valores positivos (tons laranja) sobre grande parte do Sudeste do Brasil, asssociada à forte subsidência de ar. Em contrapartida, observa uma outra ampla área com valores negativos sobre parte do Sul do Brasil, norte e nordeste da Argentina, Paraguai, Bolivia, Peru e parte da região amazônica do Brasil.


 


 

                                                                                FIGURA 3


 

 A Figura 4, mostra o campo de anomalia de vento em 850 hPa (aproximadamente 1500 m de altitude) correspondente ao mês de janeiro de 2014. Pode-se observar uma região bastante abrangente com anomalias positivas de quadrante sudeste, se estendendo desde o Atlântico Sul até o Norte do Brasil. Este padrão de ventos predominantes é um reflexo da atuação do anticiclone em 500 hpa mencionado anteriormente. Em condições normais os ventos nas camadas baixas são predominantes do quadrante noroeste, favorecendo a intrusão de ar úmido da região amazônica para o Sudeste do Brasil.


 


 

                                                                                                                     FIGURA 4


 

 O resultado deste padrão de circulação predominante na baixa e média troposfera inibe a formação de episódios de Zona de Convergência de Umidade (ZCOU) e de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), principais sistemas meteorológicos causadores de chuvas abundantes na Região Sudeste do Brasil.


 

 A tendência para os próximos dias é pouco animadora em relação a alguma mudança nas condições meteorológicos. Isto significa que o calor, a baixa umidade do ar e escassez de chuva deverão persistir durante aproximadamente as próximas duas semanas.


 

A Figuras 4 e 5 mostram a previsão das anomalias de chuva para as próximas duas semanas, geradas pelo modelo Global do CPTEC;


 


 

                                                             FIGURA 4


 


 

                                                            FIGURA 5


 

Para os próximos 15 dias, nota-se uma ampla área com anomalias negativas de chuva  sobre grande parte do Sudeste e parte das Regiões Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. Os valores negativos de anomalias superam os 100 mm, indicando que a estiagem deverá persistir ainda por mais um período.


 

Outros modelos globais provenientes de centros operacionais estrangeiros são concordantes com a previsão do CPTEC, indicando que a confiabilidade da previsão é moderada ou alta.


 

Gustavo Carlos Juan Escobar


FONTE: CPTEC / INPE

Atualizado em 07/02/2014 08:53

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wagner comentou em: 09/02/2014 16:43

 

Prof Rena

 

Prezado prof.Rena

 

Gostaria de saber se teríamos como mensurar em percentagem a quebra que estaria acontecendo.

Teria como mensurar uma quebra diária a cada dia que nao chove, ou semanal?

agradeço desde Já

 

wagner

 

ps: Em Manhuaçu fim de semana sem chuvas e calor fora do normal.

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Alemar B. Rena comentou em: 09/02/2014 18:23

 

QUANTIFICAR É DIFÍCIL

 

Estimado Wagner Sua pergunta atinge o coração do problema: o quantitativo. Veja que minhas posições foram sempre qualitativas. Os únicos indicadores “quantitativos” que mencionei foram os “pontos de murcha temporária e permanente”, parâmetros que qualquer um pode identificar e acompanhar no tempo e no campo. O mais adequado, porém, seria acompanhar a variação diária do “potencial hídrico”, especialmente o “potencial hídrico de pré-manhã”, mas isso depende de equipamentos especiais, aos quais nem eu tenho mais acesso. Além de dados sobre a temperatura, o déficit de pressão de vapor, a intensidade da radiação eletromagnética etc., tudo na área da lavoura (Uai, mas isso é uma tese de doutorado?! Mais ou menos!). Outro componente de extrema importância: os diferentes estádios de desenvolvimento dos frutos na lavoura. Por exemplo, no meu caso tenho frutos desde pouco mais que chumbinho (floração de novembro, que foi intensa), que se chover amanhã, diga-se, não sofrerão quase nada, até alguns frutos “amadurecendo”, sempre acompanhados de uma bela mancha de cercosporiose, e com o endosperma muito bem formado (seguramente não a bebida), pertencentes à floração do início de setembro (foram 4 boas floradas, o enigma!). Mas e os que “não estão nem lá nem cá”, e são a grande maioria? Hoje bem cedo estive na minha lavoura, não observei ainda murcha permanente. Mas, agora à tarde, algumas plantas mostravam alguma tristeza, “querendo” murchar. Diante de tanta variação de desenvolvimento dos frutos perguntei-me: De quanto será minha perda? Agora, abro o computador, e você me faz a mesma pergunta, mas numa escala mais ampla, digamos ZM, SM, Brasil. Não tenho resposta, pelo menos agora. Vou pensar!!! Outro detalhe, de 1° de janeiro até hoje na minha rocinha só caíram 30 mm, associados a uma média de Tmax de 31 C. Como foram chuvas de fim de tarde, outros produtores receberam mais de 100 mm do outro lado de Viçosa. Para finalizar este “papo furado” conto uma pequena estória: Estava eu visitando lavouras na região de Londrina, aí pelos idos de 90, e comentei com certo produtor sobre sua belíssima lavoura de 4 anos, adensada e tal: E se vier uma geada? Ao que ele respondeu prontamente: Aí a gente ganha dinheiro! Quem sabe não seria este o caso? Saudações e aguarde.

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Palma Neto Assessoria em Cafeicultura comentou em: 09/02/2014 22:16

 

Percentual de grãos prejudicados

 

Avaliação de lavoura de 2° produção quanto a possíveis perdas na safra 2013-2014

1° Lavoura: Coleta aleatória de frutos na 1ª e 2ª roseta contados do ápice para a base:

Dos frutos coletados foram separados 100 frutos ao acaso, resultado:

79 frutos com lojas chochas ou vazias.
21 frutos sem problema de granação.

2ª lavoura: Área de café adulta, face exposta ao sol da tarde.
-Coleta aleatória de frutos na 1ª e 2ª roseta contados do ápice para a base:

Dos frutos coletados foram separados 100 frutos ao acaso, resultado:

34 frutos com problema de enchimento dos frutos mas se lojas vazias.
66 frutos sem problema de enchimento.

3ª lavoura, área de café adulta, face sem exposição ao sol da tarde.
-Coleta aleatória de frutos na 1ª e 2ª roseta contados do ápice para a base:

Dos frutos coletados foram separados 100 frutos ao acaso, resultado:

22 frutos com problema de enchimento dos frutos mas se lojas vazias.
78 frutos sem problema de enchimento.

Horário das Imagens: 20:00
Data da Avaliação: 07-02-2014
Município: Caconde - SP

 

 

As fotos se encontram no link:

https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=725169130846942&id=499974810033043¬if_t=like

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murilo bettarello comentou em: 09/02/2014 22:34

 

Lavouras sombreadas são menos suscetíveis a seca.

 

Acompanho uma lavoura de café sombreada com seringueira no municipio de Franca-SP.

A lavoura está com 5 anos e vai para 3° safra. Na primeira e segunda colhemos 970 e 980 sacas em 40 hectares com um stand de  2800 plantas por hectare. Este ano a maioria das lavouras que acompanho a pleno sol estão muito sentidas como a maioria das lavouras da região cafeeira, porém a lavoura sobreada continua vistosa e sem "chochamento" de grãos.

A produtividade com certeza é afetada pelo sobreamento mas estas lavouras são menos suscetíveis a grandes intempéries climaticas.

 

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