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T Ó P I C O : Terraceamento das ruas de café nos morros....

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Comentários do Tópico

Terraceamento das ruas de café nos morros....


Autor: Sérgio Parreiras Pereira

73.073 visitas

91 comentários

Último comentário neste tópico em: 23/04/2012 20:16:12


Sérgio Pedini comentou em: 29/04/2010 08:44

 

Publicação

 

Caro Vischi,

Esta publicação do IAC está disponível? Como podemos adquirir?

Abraço,

Pedini

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Oswaldo Julio Vischi Filho comentou em: 29/04/2010 09:35

 

Terraços Patamar

 

Caro Guy,

O que o Mestre José Perez Romero fez na Fazenda de Ouro Fino jamais será repetido porque é totalmente antieconômico.

Quanto aos terraços que estão sendo realizados com trator e lâmina traseira, o tempo se encarregará de mostrar a sua inviabilidade, porque, com os cortes próximos ao local onde há a concentração das raízes dos cafeeiros, haverá ressecamento desse solo e as raízes irão secar e diminuir em quantidade causando problemas na parte aérea dos cafeeiros devido a indisponibilidade de água.

Os cortes, expondo o horizonte "B" do solo, causarão a diminuição da infiltração das águas pluviais no solo e como consequencia, o nível do lençol freático ficará mais baixo do que o normal (lençol se aprofundará em relação ao nível normal), promovendo "estresse" hídrico que será notado na primeira ocorrência de um veranico mais prolongado.

Com o passar dos anos, ocorrerá morte de pés de café pela exposição das raízes no corte do terreno. Essas mortes, num primeiro momento, serão isoladas (um pé de café ali, outro acolá) e com o passar dos anos toda a lavoura ficará comprometida.

Precisamos tomar cuidado com o entusiasmo, pois, temos vários exemplos de situações como essa que transformaram uma prática inicialmente considerada como a salvação da lavoura, em um verdadeiro pesadelo.

 

TAGS: terraço agrícola, solo, hidrologia

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Alemar B. Rena comentou em: 30/04/2010 10:21

 

 

Estimado Diogo,

 

Há um tempinho você me consultou sobre os terraços, mas fiquei aguardando, quando o tema apareceu no Peabirus. Queria ouvir primeiro a opinião de outros técnicos. Minha opinião teria sido idêntica à do Vischi, complementada pela pergunta do Guy sobre a colheita. Aparentemente, não acho que o sistema funcione; mas você está fazendo o certo, experimentando, mas não exagere na área, pois pode ser que não haja retorno à normalidade.

 

Saudações

Rena

 

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Guy Carvalho comentou em: 02/05/2010 21:25

 

Banquetas

 

Prezado Vischi

Obrigado pelas considerações valiosas e oportunas, comungo quanto à cautela, e que o tempo mostra a verdade – minha experiência com estresse hídrico e fósforo valida minha crença. Não creio em soluções mágicas, em remédio para todos os males, creio em tecnologia e na pesquisa de novos conhecimentos. Temos que falar mais no assunto...

 Obs.: aproveito para convidar os colegas também opinarem, entre outros: João Romero, Eduardo Sampaio, Eduardo Bóia. A hora é essa vamos participar...

Entendo perfeitamente o inconformismo e busca de alternativas do colega Diogo, pois a cafeicultura manual esta agonizando (principalmente os médios produtores), os custos dispararam nos últimos anos, há grave perda de competitividade em relação às outras cafeiculturas: informal, mecanizada e de outros países (que possuem cambio favorável a produção). O primeiro passo é facilitar operações.

Aproveito p/ cumprimentar o Prof. Pedini, parabenizá-lo e desejar sucesso na nova empreitada. Ao mestre Prof. Rena um grande abraço, esta na hora de repetirmos aquela visita nas lavouras do Sul de Minas...

Abraço a todos

Guy

 

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José Marcos Angélico de Mendonça comentou em: 02/05/2010 21:46

 

Longevidade das plantas

 

Com muito respeito à todos que se manifestaram, Prof. Rena, Guy, Pedini e todos mais, apenas a título de contribuição...

Me preocupo com a eliminição das raízes da placa rente à superfície do solo e também, com a retirada do solo supostamente melhores características quanto aos quesitos da fertilidade...

Pelo que observei nas imagens e vídeo, ocorre um corte de aproximadamente 50 cm de desnível. Fico com muito receio quanto à longevidade das plantas, como já muito bem mencionou o colega Vischi.

 

Saudações.

José Marcos

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Diogo Dias T. de Macedo comentou em: 03/05/2010 08:16

 

Todo conhecimento é pouco ... vamos testar mais ...

 

 

Prezados,
 
Realmente ou fazemos alguma coisa para viabilizar a cafeicultura de montanha ou vamos ver o “Vale da Grama”, famoso em São Paulo pela qualidade do café, virar o Vale do Eucalipto, ou o vale do desemprego, ou das fazendas abandonadas ...
 
Vou tentar descrever como vejo o terraceamento ou banquetas, como cada um quiser chamar:
 
Com um trator de 39CV acoplado com uma lâmina traseira, o operador entra no meio das ruas do café e vai laminando a superfície, horizonte A, com toda a matéria orgânica, e esparramando sobre as ruas de café do lado de baixo, às vezes até o horizonte B. O pé de café do lado de baixo é praticamente entupido com essa terra “rica”, ficando o meio da rua plano para se trabalhar.
 
O pé de café fica no mesmo lugar, com as mesmas raízes, e o que se expõe é coberto com a abertura da rua de cima. O pé de café fica no barranco, da mesma forma que era antes. Isso irá facilitar, por enquanto, os tratos culturais, e a colheita por ser feita no plano.
 
O ideal é realizar está operação em lavouras que serão renovadas, recepa ou esqueletamento mais decote, assim a perda de raízes será insignificante perto da morte natural da poda. Agora o próximo passo é realizar uma subsolagem no meio da rua, para evitar erosão, não há indícios de um ponto de erosão onde já foi realizado, pelo contrário até.
 
Agora com o meio da rua plano podemos trabalhar para incrementá-lo, plantio de leguminosa, brachiária, aplicação de matéria orgânica (palha de café que há muito anos não fazíamos, pela grande dificuldade e custo de mão de obra), enfim, podemos trabalhar conforme nossos vizinhos do cerrado e tentar viabilizar a cafeicultura.
 
Pode não ser uma operação desejada do ponto de vista agronômico, mas em áreas de mineração, que o revolvimento da superfície é bem maior, já é possível realizar agricultura com técnicas de fertilização e reconstituição do solo, não vejo problemas nessa operação.
 
Aproveito para convidar para quem quiser ver de perto áreas que foram feitas em 2006, e que este ano já estão na 3ª safra e devem produzir 80 sacos por hectare !!!
 
Pelo que sei, essa técnica é milenar e não uma novidade, apenas o cafeicultor como acomodado que era não buscou novas técnicas por ter mão de obra suficiente e barata, mas os tempos mudaram e antigas técnicas precisam ser revistas para viabilizar a atividade.
 
Abraços,
 
Diogo Dias Teixeira de Macedo
Fazenda Recreio
São Sebastião da Grama – SP

 

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Paulo Henrique Leme comentou em: 03/05/2010 08:23

 

Estabilização dos terraços

 

Senhores,

Tenho um dúvida.

Concordo quanto à suscetibilidade à seca nos primeiros anos, mas o sistema não estabilizaria com o tempo?

Um abs,

Paulo Henrique Leme (PH)

 

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Oswaldo Julio Vischi Filho comentou em: 03/05/2010 11:20

 

Boletim Técnico 206 da CATI

 

Caro Pedini, o boletim técnico 206 ´foi puyblicado pela CATI e está esgotado, mas voce pode acessar o Manual Técnico de Manejo e Conservação do Solo, em pdf. O boletim 206 faz parte desse manual técnico, basta procurar o capítulo de terraceamento agrícola. Para acessar o manual acessar o link

http://www.cati.sp.gov.br/Cati/_tecnologias/manejo_conservacao_solo/manualAguaSolo.pdf

Espero ter ajudado.

Saudações conservacionistas e cafeeiras.

Oswaldo Vischi

TAGS: "boletim técnico 206 da CATI", "Manual de Manejo e conservação do solo"

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Oswaldo Julio Vischi Filho comentou em: 03/05/2010 11:29

 

Estabilização dos terraços

 

Caro Paulo,

Voce já observou os taludes (barrancos) de estradas de rodagem ou mesmo estradas rurais, não nasce nem braquiária, se quiser cobrir esse solo tem que plantar braquiária em covas ou por meio de hidrojateamento, aí sim ocorre a cobertura vegetal, então, onde há barranco, principalmente, barranco com 90 graus não nasce nem mato e não ocorre a estabilização.

Cabe ressaltar que o tipo de solo é importatnte, pois num solo profundo (latossolo) o corte do barranco será no horizonte "A" e então terá fertilidade suficiênte para que haja uma revegetação do talude (barranco).

Saudações conservacionistas e cafeeiras.

Oswaldo Vischi

TAGS: terraço, hidrosemeadura

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Diogo Dias T. de Macedo comentou em: 03/05/2010 14:33

 

Foto de terraços já implantados ...

 

Serjão, estou lhe enviando mais algumas fotos de terraços já implantados via e-mail, favor colocar no ar.

Saudações,

Diogo Dias

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