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T Ó P I C O : Terraceamento das ruas de café nos morros....

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Comentários do Tópico

Terraceamento das ruas de café nos morros....


Autor: Sérgio Parreiras Pereira

73.068 visitas

91 comentários

Último comentário neste tópico em: 23/04/2012 20:16:12


Oswaldo Julio Vischi Filho comentou em: 12/08/2010 13:38

 

Terraços tipo patamar

 

Carlos Alberto como vai.

O terraço é uma prática mecânica, que aliada a outras práticas dão origem a um sistema conservacionista.

O terraço é utilizado (conforme boletim técnico 206 da CATI) para diminuir o comprimento da rampa e com isso barrar a velocidade das águas pluviais, promovendo a infiltração dessas águas no solo, de maneira gradativa. O terraço pode ser em nível (de infiltração) ou em desnível (de drenagem).

O terraço como prática isolada pode até piorar a situação, ou seja, causar uma erosão ainda maior do que aquela, onde não havia o terraço. Nessas montanhas com café, o que está sendo feito não caracteriza bem um terraço. Seria uma estrutura tipo patamar e se fizer o corte/aterro e não vegetar, fatalmente haverá erosão. O Diogo (da fazenda Recreio) nos informou que após a construção dos patamares ele irá promover a cobertura vegetal da área trabalhada e adotará práticas que mantenham o solo coberto, seja com cobertura viva (braquiária), seja com cobertura morta (mato dessecado com glifosato). Não obstante a necessidade de uma pesquisa mais aprofundado sobre o assunto, creio eu que se ele (Diogo) fizer o que falou, podemos considerar que aquilo poderá ser conservacionista, mas repito há a necessidade de estudos mais aprofundados.

Não sei se consegui responder sua pergunta.

Saudações conservacionistas

TAGS: erosão, terraço, solo

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Rodrigo Serpa Vieira comentou em: 12/08/2010 14:17

 

Banquetas x Terraços

 

Boa tarde Oswaldo,

O tema é polêmico mas é isso mesmo que gera nossa troca de informações. Vamos aos pontos:

Estou chamando de "banqueta" e não de "terraço" pela finalidade do mesmo: Os terraços, sejam de base larga ou estreita, têm o objetivo de evitar erosões, retendo água de escoamento superficial.

Já a banqueta tem o único objetivo de mecanizar a área, ou seja, é um pequeno degrau onde tratores pequenos irão trafegar. Ela não irá servir como instrumento de conservação do solo.

Caso a declividade exija, e aqui em Minas temos a consciencia das leis e de nossas obrigações, estaremos construindo os terraços e tomando demais medidas conservacionistas de acordo com a legislação.

Entendo sua preocupação como técnico atuante da área em não alarmar e difundir falsas soluções milagrosas, que podem inclusive fomentar o plantio de café em áreas de risco, mas não é o caso aqui.

Trata-se de uma possível ferramenta visando a sustentabilidade, que  tem como um de seus fundamentos o fator econômico, nosso grande problema atualmente.

Obrigado pelo comentário, a troca de informações é que gera soluções!

Abraços,

Rodrigo.

 

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Carlos Alberto P G comentou em: 12/08/2010 15:35

 

Terraceamento

 

Grato Oswaldo,

realmente era isso que tinha em mente. Conheci algumas fazendas aqui na nossa regiao(Pocos de Caldas) como cachoeirinha que comecou a implementacao e outras nos municipios de Caconde e Cabo Verde. Oque me chamou a atencao e que nas que tomei conhecimento, sao fazendas conduzidas bem tecnificadas. Na maioria das fazendas os proprietarios sao Agronomos e outras conduzida pela assistencia tecnica contratada. Fato esse que  interpretei como uma busca a solucao do declive ascentuado na regiao e nao como uma pratica consevacionista. Em outras conversas, tambem verifiquei a irradicacao dos cafezais plantados em declive ascentuado como uma segunda alternativa a reducao de custo de manejo das lavouras de cafe.Oswaldo, nao sei se voce conseguiu alguma informacao de custo na implementacao dos terracos em lavouras ja implantadas, mas se houve falar em $700,00 Reais/ Ha. Oque deveriamos  levantar  seria a viabilidade economica do terraceamento em lavouras existentes  X irradicacao dos plantios de alta declividade. Houve-se falar tambem da irradicacao de cafezais com essas caracteristicas (declividade)  por escalonamento, onde uma nova cultura a ser implantada(eucalipto) seria plantada intercalando-se com o cafe ate a total irradicacao dos cafezais de declive ascentuado.

Bom, e sempre valido qualquer tipo de troca de informacoes e ou debates a procura de uma solucao eficaz pra nossa agricultura.

Grato pela troca,

Carlos A Prado Garcia

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Diogo Dias T. de Macedo comentou em: 12/08/2010 21:36

 

 

Prezados,

Na oportunidade da visita do sr. Oswaldo aqui na fazenda, onde já estamos com aproximadamente 20 hectares de patamares, terraços e ou banquetas feitos, falamos muito sobre a conservação do solo. Nossa intenção é a mecanização da lavoura em primeiro lugar, mas como estamos trabalhando com um todo, a abertura das banquetas servirá sim como um método de conservação do solo ... nosso plano é "recriar um horizonte A" (que foi depositado na linha de café) no lugar das ruas, em primeiro plano nossa intenção é trabalhar com uma leguminosa e com braquiária, vamos fazer as análises de solo desse meio da rua e ir monitorando e incrementando o mesmo. A idéia da vegetação no lugar servirá também como um colchão para amortecer e "impedir" a compactação do solo nessas banquetas.

Um coisa que ficou muito clara aqui é o seguinte, o nosso tipo de solo (argissolo) permite este tipo de trabalho ( não teremos problemas de desbarrancar!!!), mas como temos um horizonte B com mais argila que o A, temos que trabalhar os meios para melhorar a infiltração de água neste. E segundo o Oswaldo (me corrija se estiver errado), não adianta subsolar pois a argila aumenta em profundidade e dificultará cada vez mais essa infiltração.

Uma coisa temos que deixar clara: pendentes, carreadores, estradas internas (terra), estradas municipais (terra e asfalto), estradas estaduais e até estradas federais, estes são os grandes vilões da erosão, o mal planejamento na construção das estradas e a má condução das águas pluviais nestas é que deveriam ser tomadas como prioridade na Conservação do Solo (Sérgio - fica um bom tema para o Simpósio de Certificação e Sustentabilidade de Poços).

Atenciosamente,

Diogo Dias

Fazenda Recreio - São Sebastião da Grama - SP

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Oswaldo Julio Vischi Filho comentou em: 13/08/2010 08:43

 

Terraços tipo patamar

 

Caro Carlos, me parece que o Diogo já postou algo sobre o custo da construção das banquetas. Se não foi no Peabirus, pelo menos no dia que estive na Fazenda ele comentou.  

TAGS: solo, erosão, café

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Cezar Francisco Araujo Junior comentou em: 13/08/2010 11:01

 

TERRACEAMENTO AGRÍCOLA: UMA POLÊMICA ATUAL

 

No início dos anos 70 do século passado, a principal forma de degradação dos solos do Estado do Paraná foi atribuída ao manejo inadequado dos solos, o que favorece a erosão hídrica. A partir de então, o sistema de semeadura direta (SSD) tem sido a técnica recomendada para minimizar os efeitos nocivos da erosão hídrica. Apesar disso, grandes partes das áreas agrícolas do Paraná se encontram em permanente processo de degradação, devido ao manejo inadequado dos solos, o que se reflete severamente na queda dos rendimentos das culturas. Nos diferentes sistemas de manejo, seja ele, na cafeicultura, no cultivo anual, na silvilcultura, forragicultura entre outros o terraceamento agrícola é uma técnica essencial para reduzir a degradação do solo advindos da erosão hídrica.

No ano passado diversos produtores do Estado do Paraná removeram os terraços, com a justificativa de que áreas sob o sistema de semeadura direta, não precisaria de terraceamento agrícola. No entanto, as chuvas de alta intensidade (chuvas erosivas) ocorridas neste estado, no último ano agrícola, proporcionaram uma perda de qualidade ambiental resultante da erosão hídrica, renovando as preocupações em torno desta prática.

A erosão é causada por forças ativas, como as características da chuva, a declividade e comprimento do declive do terreno e a capacidade que tem o solo de absorver água, e por forças passivas, como a resistência que exerce o solo à ação erosiva da água e a densidade da cobertura vegetal (Sherman & Mayer, 1941). Desta forma, manter a cobertura vegetal em pelo menos 60% da área, e utilizar o terraceamento agrícola para reduzir o comprimento de rampa é essencial para manter a sustentabilidade da atividade cafeeira em áreas declivosas.

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Carlos Alberto P G comentou em: 13/08/2010 11:55

 

custo

 

Obrigado Oswaldo. Vou entrar em contato com o Diogo.

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Paulo Augusto do Nascimento Neto comentou em: 16/08/2010 16:13

 

Terraço em morros

 

Caros

Foi solicitado pelo Sr. Ditinho da Fazenda Santa Alina em Poços de Caldas, o desemvolvimento de um equipamento para construção de terraços na dianteira do trator. A Marispan tradicionalmente fabrica Pá Hidráulicas Dianteiras para tratores cafeeiros, e baseado no trabalho da plaina trazeira e uma plaina contruídas por cafeeícultores da região, desenvolveu um acessório para acoplar na dianteira de qualquer PHD Marispan. O equipamento está em testes na fazenda Santa Alina e vem apresentando vantagens no rendimento em relação à trazeira devido ao maior conforto do operador que trabalha olhando para diânteira e ainda conta com angulação vertical hidráulica para regulagem instantânea.

 

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Sérgio Parreiras Pereira comentou em: 20/08/2010 07:23

 

 

FAZENDA AP - PIUMHI - MG

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Mariano Martins comentou em: 20/08/2010 19:41

 

 Colheita Mecanizada em Terraços?

 

Algum membro da comunidade já testemunhou a colheita destes terraços com uma Automotriz?

Esse terraceamento certamente facilita as operações com trator (tenho na fazenda um Valtra BF-75, traçado, que começa a escorregar muito em declividades superiores a 15%)... Mas permitiria esse terraceamento uma colheita mecanizada da lavoura? 

Na região de Três Pontas já vi a TDI Auto colhendo uma lavoura com cerca de 25% de declividade, sem terraceamento. Será que esta máquina conseguiria fazer o mesmo serviço em uma lavoura terraceada com a mesma declividade?

Serjão: Qual seria a sua estimativa para a declividade deste terreno da fazenda AP cujo vídeo você compartilhou? 

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